Recordar é viver: em 18 de abril o prêmio Nobel de Economia Paul Krugman esteve em São Paulo e afirmou que o mercado financeiro “ama demais” o Brasil, fato que ocorreu com a Europa anos atrás. Disse também que o real estava muito valorizado em relação ao dólar. De lá para cá, o dólar só fez se valorizar.
Kurgman destacou que na zona do euro as famílias estavam altamente endividadas, mas não fez nenhum comentário se o passivo dos consumidores no País está em níveis altos ou baixos. Comentou que os países emergentes estão em situação resiliente (com capacidade de adaptação), inclusive o Brasil. “O País tem uma história recente boa, com taxas de crescimento razoáveis”, assinalou.
O economista afirmou que o real ante o dólar estava muito valorizado e que, provavelmente, esse processo de apreciação devia ser interrompido no curto prazo. “A desvalorização do câmbio seria bem-vinda para muitas pessoas aqui”, comentou, sem se referir se fazia menção a autoridades do governo.
“Se o câmbio se desvalorizasse nos próximos meses isso não traria rupturas à economia”, disse. “O Brasil não tem mais grandes déficits de conta corrente”, disse.
Paul Krugman comentou que “cortar os juros agora no Brasil é apropriado”, em função do atual estado da economia mundial, marcado por um amplo movimento de distensão monetária. “Na atual conjuntura, é correto o País desencorajar o ingresso de capitais. Eu faria o mesmo”, afirmou, ressaltando que o fluxo de recursos estrangeiros está colaborando para que o câmbio continue sobrevalorizado.
Segundo ele, a situação do nível de atividade no Brasil está bem melhor do que a dos Estados Unidos. “O Brasil não está em crise, mas o meu país (EUA) está, embora sua situação seja melhor do que a da Europa”, disse.
Krugman destacou que a economia mundial não está “no momento de pânico” que foi registrado na primavera de 2008, quando o banco Lehman Brothers quebrou. “Porém, as economias avançadas ainda não se recuperaram da crise registrada naquele ano”, destacou.
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CRISE DA EUROPA
Krugman fez os comentários num seminário promovido pelo Sebrae em São Paulo. Na avaliação do economista, a crise na Europa é um fenômeno muito semelhante ao ocorrido nos EUA, marcado por alto endividamento das famílias, elevada alavancagem de investidores e complacência de autoridades reguladoras. “Mas eles tem um problema a mais: uma moeda única sem um Estado único”, destacou.
De acordo com Krugman, se a Espanha ainda tivesse a peseta de 1988, o país poderia desvalorizar sua moeda. Contudo, isso não pode ocorrer agora, dado que faz parte de uma região que adotou como padrão monetário o euro. “A situação da Europa é muito complicada. E a Espanha teve um problema semelhante ao dos EUA, que foi a bolha do setor imobiliário”, comentou.
Em relação a Europa, o economista afirmou que uma saída para o continente sair da crise nos próximos anos seria o Banco Central Europeu expandir a política monetária a ponto de estimular o nível de atividade, mesmo que isso provoque alta dos índices de preços ao consumidor. “A inflação poderia ir para 3% a 4% e isso poderia funcionar”, comentou.
Krugman disse ainda que, apesar da crise internacional, os países da América Latina ficarão mais fortes. “Há uma melhora da distribuição de renda, embora não seja a ideal. As nações da região têm um mercado interno em expansão. O mais importante é a expansão da classe média, o que ajuda no avanço da economia doméstica e na sua relação inter regional”, disse.
Kurgman destacou que na zona do euro as famílias estavam altamente endividadas, mas não fez nenhum comentário se o passivo dos consumidores no País está em níveis altos ou baixos. Comentou que os países emergentes estão em situação resiliente (com capacidade de adaptação), inclusive o Brasil. “O País tem uma história recente boa, com taxas de crescimento razoáveis”, assinalou.
O economista afirmou que o real ante o dólar estava muito valorizado e que, provavelmente, esse processo de apreciação devia ser interrompido no curto prazo. “A desvalorização do câmbio seria bem-vinda para muitas pessoas aqui”, comentou, sem se referir se fazia menção a autoridades do governo.
“Se o câmbio se desvalorizasse nos próximos meses isso não traria rupturas à economia”, disse. “O Brasil não tem mais grandes déficits de conta corrente”, disse.
Paul Krugman comentou que “cortar os juros agora no Brasil é apropriado”, em função do atual estado da economia mundial, marcado por um amplo movimento de distensão monetária. “Na atual conjuntura, é correto o País desencorajar o ingresso de capitais. Eu faria o mesmo”, afirmou, ressaltando que o fluxo de recursos estrangeiros está colaborando para que o câmbio continue sobrevalorizado.
Segundo ele, a situação do nível de atividade no Brasil está bem melhor do que a dos Estados Unidos. “O Brasil não está em crise, mas o meu país (EUA) está, embora sua situação seja melhor do que a da Europa”, disse.
Krugman destacou que a economia mundial não está “no momento de pânico” que foi registrado na primavera de 2008, quando o banco Lehman Brothers quebrou. “Porém, as economias avançadas ainda não se recuperaram da crise registrada naquele ano”, destacou.
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CRISE DA EUROPA
Krugman fez os comentários num seminário promovido pelo Sebrae em São Paulo. Na avaliação do economista, a crise na Europa é um fenômeno muito semelhante ao ocorrido nos EUA, marcado por alto endividamento das famílias, elevada alavancagem de investidores e complacência de autoridades reguladoras. “Mas eles tem um problema a mais: uma moeda única sem um Estado único”, destacou.
De acordo com Krugman, se a Espanha ainda tivesse a peseta de 1988, o país poderia desvalorizar sua moeda. Contudo, isso não pode ocorrer agora, dado que faz parte de uma região que adotou como padrão monetário o euro. “A situação da Europa é muito complicada. E a Espanha teve um problema semelhante ao dos EUA, que foi a bolha do setor imobiliário”, comentou.
Em relação a Europa, o economista afirmou que uma saída para o continente sair da crise nos próximos anos seria o Banco Central Europeu expandir a política monetária a ponto de estimular o nível de atividade, mesmo que isso provoque alta dos índices de preços ao consumidor. “A inflação poderia ir para 3% a 4% e isso poderia funcionar”, comentou.
Krugman disse ainda que, apesar da crise internacional, os países da América Latina ficarão mais fortes. “Há uma melhora da distribuição de renda, embora não seja a ideal. As nações da região têm um mercado interno em expansão. O mais importante é a expansão da classe média, o que ajuda no avanço da economia doméstica e na sua relação inter regional”, disse.
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