"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 21 de julho de 2012

INDIGNAR-SE OU ACEITAR?

Olhem que coisa: para mudar para pior o Congresso brasileiro demonstra uma capacidade enorme de atuar e agilidade.
É insuperável. O dito cujo aproveitou a Rio+20, quando as atenções estavam voltadas para ela, e as escondidas votou a autorização para que funcionários públicos ganhassem mais que o teto permitido que é do Supremo Tribunal Federal e que hoje é de 26. 400, 00 (vinte e seis mil e quatrocentos reais).

Esta conduta me parece e torço muito para que eu esteja certo, não causa mais tanta admiração, pois a sociedade brasileira já conhece o baixo nível moral da classe politica brasileira.
Qualquer pessoa de bom senso compreende que um cidadão que ganha salário mínimo não pode ter como empregados políticos com os salários atuais como os propostos pela gangue aliada.
É inconcebível que o conjunto da sociedade mantenha uma classe politica com o nível de mordomia e salários que eles possuem. É inconcebível.
A “cachoeira” tão comentada e explorada para desviar a atenção de outros escândalos, termina encobrindo situações muito mais danosas para a sociedade, e, no final das contas e diante da CPI do Cachoeira termina que essa coisa abominável do aumento dos salários mais parecendo um filete d’água no bolso do contribuinte.

Impressiona-nos como os deputados que votaram uma imoralidade desta não pensem que o contribuinte não tem mais capacidade de gerar dinheiro para alimentar esta bandidagem acobertada por mandatos parlamentares.
Em suma – os maus feitores da lei não conseguem se sensibilizar com a pobreza do Brasil nem com a falta de todos os serviços públicos; isso sem falar na nossa infraestrutura que está em níveis alarmantes de ineficiência, mas isto, claro, não passa de pequenos males dessa classe politica que infelizmente dirige o Brasil e se locupleta em todos os níveis.

21 de julho de 2012
Adauto Medeiros
Engenheiro civil e empresário.

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