Cinco meses e meio é o tempo estimado que um
brasileiro trabalha para pagar impostos. Resta pouco mais de
meio ano para que possamos efetivamente usufruir dos frutos de nosso trabalho. E
não é só o operário que paga uma carga tributária absurda; os empresários são
aqueles que mais são sugados pelo vampirismo estatal.
Os impostos brasileiros são desenhados para punir aqueles que conseguem comprar bens de alto valor agregado e que ganham salários mais elevados. Ou seja, quanto mais a criatura se esforça para tentar aumentar sua renda, mais o Estado o pune com sua gana por impostos, como se ganhar muito dinheiro fosse algo asqueroso, nojento mesmo. Entretanto, apesar das diferenças que existem na quota a ser subtraída de cada um de nós, uma coisa é certa: todos saem prejudicados.
Os defensores de tal tributação hão de argumentar
que para prover os serviços ao cidadão, é necessária a
tributação da população. Afinal, sem recursos financeiros a máquina para.
Para essas pessoas, este é o motivo pelo qual pagamos impostos: promover
o bem-estar coletivo, seja pela prestação de serviços sob tutela do Grande
Irmão, seja pela distribuição de bolsas financeiras para os mais necessitados.
Justificar-se-ia, assim, a irreal realidade tributária do país.
Os impostos brasileiros são desenhados para punir aqueles que conseguem comprar bens de alto valor agregado e que ganham salários mais elevados. Ou seja, quanto mais a criatura se esforça para tentar aumentar sua renda, mais o Estado o pune com sua gana por impostos, como se ganhar muito dinheiro fosse algo asqueroso, nojento mesmo. Entretanto, apesar das diferenças que existem na quota a ser subtraída de cada um de nós, uma coisa é certa: todos saem prejudicados.
Mas este não é o motivo pelo qual pagamos impostos.
Por este raciocínio, deveríamos ter serviços públicos de alta qualidade, uma
infraestrutura invejável, educação e saúde decente, etc.
Não é isto o que acontece, nem tampouco o que
observamos nos noticiários ou in loco. Muito pelo contrário.
Todos os setores que são administrados pelo poder
público têm uma característica em comum: ineficiência. A
prova é que se o cidadão quer ter um serviço satisfatório invariavelmente vai
procurar a iniciativa privada, inclusive para a área da segurança, único motivo
pelo qual o Estado foi concebido.
Desta maneira, aqueles seis meses
nos quais deveríamos trabalhar para nossa cultura, lazer e alimentação acabam
revertidos para a educação, saúde, segurança e infraestrutura. O
resultado é que trabalhamos para pagar impostos que deveriam financiar serviços
que não precisaríamos pagar.
E isto não acontece, e detalhe: sobre estes
serviços incidem impostos, os quais pagamos novamente; um verdadeiro duplo
assalto.
Verifica-se, pois, que não pagamos impostos para
termos serviços estatais de qualidade. Então, para quê os pagamos?
A resposta é simples: para o aparelhamento do
Estado. Os tributos que são cobrados sobre nossos ganhos,
sobre os produtos que compramos ou bens que possuímos servem apenas para
garantir polpudas remunerações para agentes estatais e funcionários públicos
que tocam a administração.
O problema é que na maioria das vezes
estes funcionários são incapazes, incompetentes e corruptos, e o pior; o alto
escalão é composto por pessoas sem qualquer habilitação para ocupar cargos de
direção e chefia. O critério utilizado não é o mérito, mas a orientação
partidária.
Não obstante, ao atingir a estabilidade, o servidor
literalmente se joga nas cordas e espera o tempo passar. Afinal, para quer
trabalhar bem se o emprego está garantido não é mesmo?
Não obstante, a criação desenfreada de secretarias,
ministérios e afins em todas as esferas do poder público onera
significativamente o Estado, além de torná-lo cada vez mais burocrático.
Alianças partidárias definem quem ocupará que cargo e quais outros serão
criados
. Reajustes e aumentos desenfreados na remuneração
de servidores públicos, políticos e magistrados torna a conta pesada demais
para ser paga sem uma asfixiante cobrança tributária. O produto desta
multiplicação é um país lento, corrupto e caro.
Por conta disto tudo, carreiras como a dos
docentes, médicos, policiais e militares não são valorizadas, trazendo
consequências praticamente irreversíveis para a estrutura da sociedade.
E adivinhem qual é a solução proposta para melhorar
a situação? Criação de mais Ministérios, Secretarias e etc. E a espiral segue
ascendendo.
Outrora, pagava-se tributos pesados para manter-se
o Rei e a nobreza vivendo em meio ao luxo e a ostentação, sem que eles próprios
precisassem trabalhar.
Hoje pagamos tributos para mantermos governantes,
juízes e infindáveis Secretários e Ministros vivendo no luxo e na ostentação às
custas da população. A diferença é que, séculos atrás,
as pessoas reagiram.
Fonte: Lenilton
Morato
15 de
julho de 2012
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