O noticiário, em todo mundo, dá destaque para a tal
“crise”. Como de costume, o tom é pessimista. O mau agouro midiático, por efeito
de influência, afeta a opinião pública e, pior, agrava o pessimismo da chamada
“opinião publicada”.
O problema
é que as previsões econômicas não seguem o velho lema do jogo do bicho (famosa
contravenção brasileira). Nem sempre vale o que foi escrito. O futuro histórico,
às vezes até no curto prazo, costuma ser cruel com os previsores do caos. No
final das contas, noves fora nada, apresenta resultados berm diferentes dos
prognosticados. E as tais cabeças pensantes acabam contrariadas. Ficam com cara
de quem tomou um drible do mané.
A economia brasileira, dependente e subdesenvolvida, mas com um potencial gigantesco e sempre com uma surpresa na manga de seu rico colete, costuma pregar tais peças em quem faz previsões pessimistas. Quando se pensa que vem tsunami, o terremoto provocado pela crise lá de fora nos gera marolinhas (como qualificou o semideus $talinácio). Já surgem sinais de que a história da atual crise vai se repetir como piada sem graça.
O Brasil é um País flex (para usar a terminologia do movimento GBLT). Nosso pau não quebra. Consegue envergar ao máximo, sem partir ao meio. E quando se pensa que o estupro da crise é inevitável, a suposta vítima indefesa é quem vira o jogo e acaba consumando o ato. A tal da economia informal é muito grande. O PIB trilionário não lhe dá muita bola, mas ela existe. Como passa despercebida, por preconceito ou equívoco teórico dos analistas, ela promove os milagres econômicos invisíveis que surpreendem.
Incentivos econômicos fazem mágica. Qualquer ação que viabilize o consumo gera a impressão psicossocial de que as coisas “vão indo”. Por isso, falar de crise não ganha adesão popular. A massa se vira. Pelas vias econômicas formais ou informais. O jeitinho brasileiro é comum no dia-a-dia da microeconomia do brasileiro e brasileira comuns. Enquanto ele conseguir consumir, seja pela via do crédito caro ou por mecanismos de compensatórios de renda (como os “bolsas” da vida), não ocorre ruptura política ou institucional. O Governo do Crime Organizado sabe disto e administra a dose de roubalheiras com om clientelismo político-econômico.
Nesse cenário de crise que não ata nem desata, quem se dá mal é o projeto de uma Nação soberana – se é que tal plano um dia vai se concretizar no Brasil – historicamente uma rica colônia de exploração mantida na miséria controlada pela Oligarquia Financeira Transnacional que promove o Globalitarismo. O País peca em seus fundamentos – educação, infraestrutura e qualidade na produção . Acontece que o titanic não afunda, e a orquestra continua tocando...
O povão, consumindo, deixa a vida levar – como no sábio sambinha de Zeca Pagodinho. E a chamada “elite econômica”, ganhando mais, lucrando menos ou perdendo pouco, por medo ou conveniência, prefere deixar tudo como está. Logo, politicamente, nada acaba se alterando de forma mais radical. Crise, ruptura ou qualquer outra mudança mais radical não se transformam em fatos reais.
Quem está por cima da carne seca ou surfando na onda do poder vai muito bem. E pode ficar ainda melhor. Os caciques já descobriram que a tal queda de juros da taxa básica da economia, antes um tabu impensável, pode ser uma boa oportunidade. Seja para aumentar a riqueza dos já ricos. Ou para administrar a onda consumista dos assalariados e mais pobres, evitando que os calotes se descontrolem e atrapalhem a brincadeira.
O governo tira proveito de um crescimento menor da impagável dívida pública. Os bancos continuam ganhando muito. Se perdem nos juros em baixa, faturam alto com as taxas que cobram pelos serviços. As empreiteiras, usando o dinheiro estatal com subsídios fiscais, fazem mais obras e muito mais dinheiro. Como de costume, pagam aos políticos generosos e bem disfarçados mensalões que ajudam a comprar poder e impunidade.
O Governo do Crime Organizado é tão esperto que arranjou até uma maneira criativa de neutralizar quem tem poder real de fogo para derrubá-lo. O negócio é trazer a área militar para a guerra econômica. Vide os sintomas deste fenômeno. Exército convocado para cuidar da gestão de obras para conter a costumeira roubalheira e ainda gerar um reforço de extraorçamentário para a Força – mal aparelhada e com salários defasados. Ou a novidade de acionar as grandes empreiteiras para ganhar muita grana na modernização da indústria bélica para a modernização das Forças Armadas. Seria uma brincadeira que prevê R$ 70 bilhões em compras para EB, Marinha e FAB até 2015.
Em resumo: os negócios lícitos e ilícitos vão muito bem. Logo, tudo fica como dantes no quartel do abrantes. Com crise contida, crescimentozinho sob controle e cada vez menos possibilidade de ruptura política ou institucional, apesar dos podres poderes, que vão se maquiando de moralidade e se metamorfoseando para que tudo pareça mudar para, no final das contas, nada se alterar.
A economia brasileira, dependente e subdesenvolvida, mas com um potencial gigantesco e sempre com uma surpresa na manga de seu rico colete, costuma pregar tais peças em quem faz previsões pessimistas. Quando se pensa que vem tsunami, o terremoto provocado pela crise lá de fora nos gera marolinhas (como qualificou o semideus $talinácio). Já surgem sinais de que a história da atual crise vai se repetir como piada sem graça.
O Brasil é um País flex (para usar a terminologia do movimento GBLT). Nosso pau não quebra. Consegue envergar ao máximo, sem partir ao meio. E quando se pensa que o estupro da crise é inevitável, a suposta vítima indefesa é quem vira o jogo e acaba consumando o ato. A tal da economia informal é muito grande. O PIB trilionário não lhe dá muita bola, mas ela existe. Como passa despercebida, por preconceito ou equívoco teórico dos analistas, ela promove os milagres econômicos invisíveis que surpreendem.
Incentivos econômicos fazem mágica. Qualquer ação que viabilize o consumo gera a impressão psicossocial de que as coisas “vão indo”. Por isso, falar de crise não ganha adesão popular. A massa se vira. Pelas vias econômicas formais ou informais. O jeitinho brasileiro é comum no dia-a-dia da microeconomia do brasileiro e brasileira comuns. Enquanto ele conseguir consumir, seja pela via do crédito caro ou por mecanismos de compensatórios de renda (como os “bolsas” da vida), não ocorre ruptura política ou institucional. O Governo do Crime Organizado sabe disto e administra a dose de roubalheiras com om clientelismo político-econômico.
Nesse cenário de crise que não ata nem desata, quem se dá mal é o projeto de uma Nação soberana – se é que tal plano um dia vai se concretizar no Brasil – historicamente uma rica colônia de exploração mantida na miséria controlada pela Oligarquia Financeira Transnacional que promove o Globalitarismo. O País peca em seus fundamentos – educação, infraestrutura e qualidade na produção . Acontece que o titanic não afunda, e a orquestra continua tocando...
O povão, consumindo, deixa a vida levar – como no sábio sambinha de Zeca Pagodinho. E a chamada “elite econômica”, ganhando mais, lucrando menos ou perdendo pouco, por medo ou conveniência, prefere deixar tudo como está. Logo, politicamente, nada acaba se alterando de forma mais radical. Crise, ruptura ou qualquer outra mudança mais radical não se transformam em fatos reais.
Quem está por cima da carne seca ou surfando na onda do poder vai muito bem. E pode ficar ainda melhor. Os caciques já descobriram que a tal queda de juros da taxa básica da economia, antes um tabu impensável, pode ser uma boa oportunidade. Seja para aumentar a riqueza dos já ricos. Ou para administrar a onda consumista dos assalariados e mais pobres, evitando que os calotes se descontrolem e atrapalhem a brincadeira.
O governo tira proveito de um crescimento menor da impagável dívida pública. Os bancos continuam ganhando muito. Se perdem nos juros em baixa, faturam alto com as taxas que cobram pelos serviços. As empreiteiras, usando o dinheiro estatal com subsídios fiscais, fazem mais obras e muito mais dinheiro. Como de costume, pagam aos políticos generosos e bem disfarçados mensalões que ajudam a comprar poder e impunidade.
O Governo do Crime Organizado é tão esperto que arranjou até uma maneira criativa de neutralizar quem tem poder real de fogo para derrubá-lo. O negócio é trazer a área militar para a guerra econômica. Vide os sintomas deste fenômeno. Exército convocado para cuidar da gestão de obras para conter a costumeira roubalheira e ainda gerar um reforço de extraorçamentário para a Força – mal aparelhada e com salários defasados. Ou a novidade de acionar as grandes empreiteiras para ganhar muita grana na modernização da indústria bélica para a modernização das Forças Armadas. Seria uma brincadeira que prevê R$ 70 bilhões em compras para EB, Marinha e FAB até 2015.
Em resumo: os negócios lícitos e ilícitos vão muito bem. Logo, tudo fica como dantes no quartel do abrantes. Com crise contida, crescimentozinho sob controle e cada vez menos possibilidade de ruptura política ou institucional, apesar dos podres poderes, que vão se maquiando de moralidade e se metamorfoseando para que tudo pareça mudar para, no final das contas, nada se alterar.
15 de julho de 2012
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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