"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"NÃO ESTRAGUEM A SURPRESA", DIZ PELUSO SOBRE SEU VOTO

 



Bem humorado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cezar Peluso evitou, mais uma vez, falar sobre a possível antecipação de seu voto no julgamento do mensalão.

Peluso é o primeiro a votar na quarta, mas já se aposenta na próxima segunda-feira, quando completa 70 anos, idade limite para o exercício do cargo.
Assim, ele terá tempo para votar sobre os desvios de dinheiro na Câmara dos Deputados e no Banco do Brasil, mas não para julgar o restante da ação.
Uma das soluções cogitadas foi a de que ele antecipasse todo seu voto, antes mesmo de os ministros relator, Joaquim Barbosa, e revisor, Ricardo Lewandowski, se pronunciassem.


- Não estraguem a surpresa - disse Peluso nesta terça, em tom de brincadeira, ao ser questionado por jornalistas como seria seu voto.
Peluso foi homenageado nesta terça-feira pelos colegas na Segunda Turma do STF, da qual participou pela última vez.

O ministro Marco Aurélio Mello, que se opõe à antecipação do voto integral de Peluso, voltou a criticar essa possibilidade nesta terça.
- É inconcebível. Me perguntaram por que o regimento não prevê que um integrante há de aguardar voto de relator e revisor. Porque essa antecipação ao relator e revisor é impensável. Contraria a ordem natural das coisas, cuja força é insuplantável.
O Globo
29 de agosto de 2012

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