O grande Osmar Santos já dizia quando narrava um gol ou uma bela jogada: “Pimba na Gorduchinha!”
Nenhum frase pode definir melhor a ascensão meteórica e inexplicável da família Lula do que esta. Afinal de contas, o pai (o ex-presidente Lula) é dono de uma vultosa fortuna estimada em mais de dois bilhões de reais sem ter exercido qualquer atividade profissional desde os anos de 1980 que não tenha sido na política.
O filho mais velho (conhecido como Lulinha) foi comparado a Ronaldinho Gaúcho pelo próprio pai ao sair de um cargo de estagiário numa área obscura do Instituto Butantã para dono de uma das maiores fortunas do Brasil, durante o mandato do pai na Presidência da República.
A sensacional habilidade financeira proporcionada pela genética da Família Lula causou furor na militância petista e provocou suspiros de inveja em muita gente boa da oposição. Pois, o “operário analfabeto” (como adora se definir o ex-presidente) é hoje um homem muito rico e, mesmo assim, mantém a “fantasia de pobre” sempre a mão para enganar os mais incautos com suas frases feitas e bobagens ditas, aqui e ali, de maneira calculada para evitar explicar a inacreditável mágica de enriquecer tanto sem trabalhar; ganhando apenas seu salário de político.
Seu filho, expoente maior dessa incrível habilidade financeira, parece ter perdido o amor pela bola – exatamente como o Ronaldinho – e já não demonstra o mesmo talento de antes no trato do dinheiro ou na extrema habilidade de ganhá-lo.
A empresa, que durante o mandato de seu pai, o retirou do obscurantismo profissional e financeiro e o lançou no estrelato dos milionários tupiniquins vai mal das pernas. As más línguas diriam que o fim da presidência de Lula foi o responsável pelo súbito desinteresse do dinheiro em aparecer pelo caixa da empresa de Lulinha.
Outros, mais sarcásticos, diriam que a atual situação falimentar da empresa reflete apenas um final comum para empresas que são montadas, supostamente, com a única finalidade de lavar dinheiro e fazer verbas inconfessáveis terem ares mais palatáveis ao gosto das leis brasileiras.
Seja lá como for, uma grande verdade da vida pode ser vista refletida nessa empresa como um enorme raio de sol: “Quem tem padrinho não morre pagão”. Só mesmo um ditado tão antigo quanto sábio pode ser usado para explicar o uso de dinheiro público, através do Banco do Brasil, como forma de adiar a inadiável falência da empresa de Lulinha e a prestação das necessárias explicações, aos credores e a lei, sobre a origem dos capitais ali empregados, suas atividades e sobre o patrimônio de seus diretores.
Isso, é claro, se até a falência o fantástico tino comercial da família não livrar Lulinha de dar essas explicações que interessariam tanto a seus credores quanto a toda a nação brasileira.
Talvez, pai e filho afinal expliquem de uma vez por todas que o grande segredo para o quase inacreditável sucesso financeiro de ambos seja o bom e velho dinheiro público.
29 de agosto de 2012
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