A história de Rachel Corrie, morta ao tentar evitar a destruição de casas de palestinos
E então o Diário celebra, aqui, uma heroína, dentro do nosso conceito de heroísmo. A americana Rachel Corrie, que hoje, dez anos depois de sua morte, está no noticiário em todo o mundo.
Rachel tinha 23 anos quando, em seu ativismo pró-humanidade, decidiu ir para a Palestina. Com outros ativistas, Rachel queria fazer uma das coisas mais nobres que um ser humano pode fazer: dar voz a quem não tem.
Raquel, um exemplo eterno
Na tarde em que morreu, tanques e tratores israelenses estavam fazendo uma coisa que se tornaria rotina na Palestina: derrubar casas. Muitos veteranos israelenses lembram, com dor particular, da destruição organizada de casas.
Rachel estava com um colete colorido para chamar a atenção dos condutores dos tratores, da marca americana Caterpillar. Ficou, num determinado momento, à frente de um quando ele se preparava para obliterar uma casa. A cena foi parecida com a daquele estudante chinês que, nos protestos da Praça da Paz Celestial, desafiou com sua bravura ilimitada um tanque.
A diferença é que o trator não se deteve. Testemunhas lembram que quando ela tentou recuar, aterrorizada, era tarde demais. Rachel morreu na ambulância.
Anos depois, ela está viva no noticiário internacional. Hoje, a justiça de Israel decidiu que o país não teve culpa na morte. A família de Rachel vinha travando uma demorada luta jurídica para que Israel reconhecesse sua responsabilidade. O pedido de indenização era simbólico: 1 dólar. A família gastou 200 000 dólares no caso.
Rachel estava, por vontade própria, num lugar perigoso, afirmou a justiça de Israel. Heróis como Rachel costumam estar mesmo em lugares perigosos, na defesa de seus ideais e dos desvalidos, e não em hotéis paradisíacos como aquele em Las Vegas que tornou mundialmente conhecidas as nádegas do Príncipe Harry.
“Foi um mau dia para Israel e para a humanidade”, disse a mãe de Rachel, que estava em Israel para acompanhar o veredito.
O Diário é otimista na alma, mas neste momento é difícil deixar de reconhecer que estão dramaticamente escassos, nestes tempos, os bons dias para a humanidade.
Rachel tinha 23 anos quando, em seu ativismo pró-humanidade, decidiu ir para a Palestina. Com outros ativistas, Rachel queria fazer uma das coisas mais nobres que um ser humano pode fazer: dar voz a quem não tem.
Raquel, um exemplo eterno
Na tarde em que morreu, tanques e tratores israelenses estavam fazendo uma coisa que se tornaria rotina na Palestina: derrubar casas. Muitos veteranos israelenses lembram, com dor particular, da destruição organizada de casas.
Rachel estava com um colete colorido para chamar a atenção dos condutores dos tratores, da marca americana Caterpillar. Ficou, num determinado momento, à frente de um quando ele se preparava para obliterar uma casa. A cena foi parecida com a daquele estudante chinês que, nos protestos da Praça da Paz Celestial, desafiou com sua bravura ilimitada um tanque.
A diferença é que o trator não se deteve. Testemunhas lembram que quando ela tentou recuar, aterrorizada, era tarde demais. Rachel morreu na ambulância.
Anos depois, ela está viva no noticiário internacional. Hoje, a justiça de Israel decidiu que o país não teve culpa na morte. A família de Rachel vinha travando uma demorada luta jurídica para que Israel reconhecesse sua responsabilidade. O pedido de indenização era simbólico: 1 dólar. A família gastou 200 000 dólares no caso.
Rachel estava, por vontade própria, num lugar perigoso, afirmou a justiça de Israel. Heróis como Rachel costumam estar mesmo em lugares perigosos, na defesa de seus ideais e dos desvalidos, e não em hotéis paradisíacos como aquele em Las Vegas que tornou mundialmente conhecidas as nádegas do Príncipe Harry.
“Foi um mau dia para Israel e para a humanidade”, disse a mãe de Rachel, que estava em Israel para acompanhar o veredito.
O Diário é otimista na alma, mas neste momento é difícil deixar de reconhecer que estão dramaticamente escassos, nestes tempos, os bons dias para a humanidade.
30 de agosto de 2012
Paulo Nogueira (Diário do Centro do Mundo)
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