Poucos lembram como começou a circular, como desculpa do mensalão, a história mal contada do Caixa Dois do PT. Foi tudo articulado em julho de 2005 por José Dirceu.
A Folha contou que “antes de falar ao Ministério Público e ao Jornal Nacional, Delúbio apresentou (segunda-feira) a linha-mestra de sua defesa a um seleto grupo de dirigentes petistas, entre eles os líderes do governo no Congresso, Aloizio Mercadante e Arlindo Chinaglia. Abriria a caixa-preta dos financiamentos de campanha e afirmaria que todos os petistas, menos o presidente Lula (sic), tiveram Caixa Dois na disputa de 2002, quando Mercadante foi o senador mais votado do País. O ex-tesoureiro foi contestado por Mercadante: “A minha, não”! “Ah, é? E quem você acha que pagou o Duda Mendonça”?, respondeu Delúbio.
Os R$ 10 milhões que Duda recebeu limpos, por conta de seu talento, foram 90% por conta da campanha de Lula.
Delúbio foi a BH e combinou tudo com Valério.
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VALÉRIO, DELÚBIO, LULA
Sexta-feira, “por acaso” (nesse governo e no PT, tudo é “por acaso”), o Valério apareceu no Jornal Nacional dizendo que ele e Delúbio armaram tudo sozinhos. Ele arranjou “R$ 40 milhões para o Caixa Dois do PT em confiança, sem garantias”. Sábado, quem aparece no JN é Delúbio, repetindo o acertado com Valério: a responsabilidade é só (sic) deles dois. Escolheram o crime que querem pagar.
Aí entra Lula para completar o “Trio Mentira”, da história mal contada.
Ele embarcou em Paris, de volta, sexta-feira, às 13h30 de lá. Aqui, 18h30. Às 12 horas de lá (17 horas aqui), antes de embarcar, deu a entrevista para domingo no “Fantástico” (Valério sexta, Delúbio sábado, Lula domingo), repetindo exatamente o combinado “dirceumente” com Valério e Delúbio, a história fajuta do Caixa Dois: “O que o PT fez foi do ponto de vista eleitoral”.
Na CPI, estava aí uma rica vereda para o relator Serraglio, os senadores Jefferson Peres, Heloisa Helena, Sergio Guerra, os deputados Arnaldo Faria de Sá, Onyx Lorenzoni, ACM Neto, os mais ativos da CPI, percorrerem:
- A que horas foram gravadas as entrevistas de Valério e Lula na sexta?
Consta em Minas que Valério gravou na sexta pela manhã. Lula ainda estava dormindo em Paris. Mas, mesmo que tivesse gravado na sexta à tarde, lá ainda era de manhã, antes de Lula dar a entrevista dele. Claro que foi tudo combinado. Lula já sabia o que Valério tinha dito e o que Delúbio ia dizer.
Lula não falar direto ao “Fantástico” e fabricarem a bela menina, “repórter” Melissa Monteiro, “de uma produtora de TV francesa” (que produtora, que TV?) era um prato cheio para o “Observatório de Imprensa”, do Alberto Dines, dar uma investigada.
A Folha contou que “antes de falar ao Ministério Público e ao Jornal Nacional, Delúbio apresentou (segunda-feira) a linha-mestra de sua defesa a um seleto grupo de dirigentes petistas, entre eles os líderes do governo no Congresso, Aloizio Mercadante e Arlindo Chinaglia. Abriria a caixa-preta dos financiamentos de campanha e afirmaria que todos os petistas, menos o presidente Lula (sic), tiveram Caixa Dois na disputa de 2002, quando Mercadante foi o senador mais votado do País. O ex-tesoureiro foi contestado por Mercadante: “A minha, não”! “Ah, é? E quem você acha que pagou o Duda Mendonça”?, respondeu Delúbio.
Os R$ 10 milhões que Duda recebeu limpos, por conta de seu talento, foram 90% por conta da campanha de Lula.
Delúbio foi a BH e combinou tudo com Valério.
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VALÉRIO, DELÚBIO, LULA
Sexta-feira, “por acaso” (nesse governo e no PT, tudo é “por acaso”), o Valério apareceu no Jornal Nacional dizendo que ele e Delúbio armaram tudo sozinhos. Ele arranjou “R$ 40 milhões para o Caixa Dois do PT em confiança, sem garantias”. Sábado, quem aparece no JN é Delúbio, repetindo o acertado com Valério: a responsabilidade é só (sic) deles dois. Escolheram o crime que querem pagar.
Aí entra Lula para completar o “Trio Mentira”, da história mal contada.
Ele embarcou em Paris, de volta, sexta-feira, às 13h30 de lá. Aqui, 18h30. Às 12 horas de lá (17 horas aqui), antes de embarcar, deu a entrevista para domingo no “Fantástico” (Valério sexta, Delúbio sábado, Lula domingo), repetindo exatamente o combinado “dirceumente” com Valério e Delúbio, a história fajuta do Caixa Dois: “O que o PT fez foi do ponto de vista eleitoral”.
Na CPI, estava aí uma rica vereda para o relator Serraglio, os senadores Jefferson Peres, Heloisa Helena, Sergio Guerra, os deputados Arnaldo Faria de Sá, Onyx Lorenzoni, ACM Neto, os mais ativos da CPI, percorrerem:
- A que horas foram gravadas as entrevistas de Valério e Lula na sexta?
Consta em Minas que Valério gravou na sexta pela manhã. Lula ainda estava dormindo em Paris. Mas, mesmo que tivesse gravado na sexta à tarde, lá ainda era de manhã, antes de Lula dar a entrevista dele. Claro que foi tudo combinado. Lula já sabia o que Valério tinha dito e o que Delúbio ia dizer.
Lula não falar direto ao “Fantástico” e fabricarem a bela menina, “repórter” Melissa Monteiro, “de uma produtora de TV francesa” (que produtora, que TV?) era um prato cheio para o “Observatório de Imprensa”, do Alberto Dines, dar uma investigada.
(Artigo publicado por Nery em 19 de julho de 2005)
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