Reportagem de Yara Aquino, da Agência Brasil, revela que o governo passou a considerar que atualmente mais da metade da população (53%) fazem parte da classe média, o que significa um total de 104 milhões de brasileiros.
Os dados foram divulgados oficialmente pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, no estudo Vozes da Classe Média, vejam a que ponto de descaramento chegamos na gestão do ministro Moreira Franco, pois Mangabeira Unger jamais se submeteria a esse papel.
Moreira em dia de “milagre”
A pesquisa classifica como classe média os que vivem em famílias com renda per capita mensal entre R$ 291 e R$ 1.019 e tem baixa probabilidade de passar a ser pobre no futuro próximo.
Com base nessa criativa “metodologia estatística”, inventada pelo economista Marcelo Neri (acaba de ser recompensado com a presidência do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), nos últimos dez anos 35 milhões de brasileiros teriam sido incluídos na classe média.
De acordo com o estudo, “a expansão desse segmento resultou de um processo de crescimento do país combinado com redução na desigualdade”.
A estimativa é que, mantidas a taxa de crescimento e a tendência de queda nas desigualdades dos últimos dez anos, segundo a metodologia Neri, é claro, a classe média chegue a 57% da população brasileira em 2022.
Na comissão de frente do evento, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, estava exultante e destacou o importância do crescimento da classe média para movimentar e impulsionar a economia do país, pois essa fatia da população responde por 38% da renda e do consumo das famílias.
“Em torno de 18 milhões de empregos foram criados na última década, esses empregos formais foram associados a uma política adequada de salário mínimo que deu ganhos reais acima da inflação aos brasileiros”, disse Franco.
Com a metodologia patológica do economista Marcelo Neri, o crescimento da renda da classe média teria sido maior do que o do restante da população, de acordo com os dados apresentados no estudo. Enquanto na última década a renda média desse segmento cresceu 3,5% ao ano, a renda média das famílias brasileiras cresceu, no mesmo período, 2,4% ao ano.
E pasmem: os dados indicam que a redução da classe baixa foi mais intensa do que a expansão da classe alta. De 2002 a 2012 ascenderam da classe baixa para a média, 21% da população brasileira, enquanto da classe média para a alta ascenderam 6%.
Isso significaria que a desigualdade de renda estaria diminuindo, fenômeno que curiosamente é desmentido por estatísticas mais sérias, que apresentam o Brasil como um dos países de maior desigualdade.
23 de setembro de 2012
Carlos Newton
Os dados foram divulgados oficialmente pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, no estudo Vozes da Classe Média, vejam a que ponto de descaramento chegamos na gestão do ministro Moreira Franco, pois Mangabeira Unger jamais se submeteria a esse papel.
Moreira em dia de “milagre”
A pesquisa classifica como classe média os que vivem em famílias com renda per capita mensal entre R$ 291 e R$ 1.019 e tem baixa probabilidade de passar a ser pobre no futuro próximo.
Com base nessa criativa “metodologia estatística”, inventada pelo economista Marcelo Neri (acaba de ser recompensado com a presidência do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), nos últimos dez anos 35 milhões de brasileiros teriam sido incluídos na classe média.
De acordo com o estudo, “a expansão desse segmento resultou de um processo de crescimento do país combinado com redução na desigualdade”.
A estimativa é que, mantidas a taxa de crescimento e a tendência de queda nas desigualdades dos últimos dez anos, segundo a metodologia Neri, é claro, a classe média chegue a 57% da população brasileira em 2022.
Na comissão de frente do evento, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, estava exultante e destacou o importância do crescimento da classe média para movimentar e impulsionar a economia do país, pois essa fatia da população responde por 38% da renda e do consumo das famílias.
“Em torno de 18 milhões de empregos foram criados na última década, esses empregos formais foram associados a uma política adequada de salário mínimo que deu ganhos reais acima da inflação aos brasileiros”, disse Franco.
Com a metodologia patológica do economista Marcelo Neri, o crescimento da renda da classe média teria sido maior do que o do restante da população, de acordo com os dados apresentados no estudo. Enquanto na última década a renda média desse segmento cresceu 3,5% ao ano, a renda média das famílias brasileiras cresceu, no mesmo período, 2,4% ao ano.
E pasmem: os dados indicam que a redução da classe baixa foi mais intensa do que a expansão da classe alta. De 2002 a 2012 ascenderam da classe baixa para a média, 21% da população brasileira, enquanto da classe média para a alta ascenderam 6%.
Isso significaria que a desigualdade de renda estaria diminuindo, fenômeno que curiosamente é desmentido por estatísticas mais sérias, que apresentam o Brasil como um dos países de maior desigualdade.
23 de setembro de 2012
Carlos Newton
Nenhum comentário:
Postar um comentário