José Dirceu anda espalhando que está preparado para o pior. Acha que será condenado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, e receberá sem surpresa até a notícia de que vai dormir na cadeia.
O ex-chefe da Casa Civil acusado de acumular a chefia da quadrilha do mensalão segue convencido de que não existem provas suficientes para puni-lo. Mas descobriu que a opção pelo castigo é “uma tendência da corte”.
Em linguagem clara: Dirceu começou a ensaiar o papel de injustiçado por um “julgamento político”.
À exceção de Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski no caso do mensaleiro João Paulo Cunha, até agora todos os ministros votaram amparados nos autos do processo, no Código Penal, em teorias expostas com clareza e nos fatos expostos no extraordinariamente sólido relatório de Joaquim Barbosa.
O guerrilheiro de festim sabe disso. Se acreditasse no que anda recitando, já estaria fardado de comandante e convocando para a luta as milícias do partido e as tropas dos movimentos sociais.
Em vez disso, voltou a entrincheirar-se na casa da mãe em Passa Quatro.
Se lhe restou algum juízo, já está combinando com a família o que cada parente deverá levar-lhe nas visitas dominicais.
12 de setembro de 2012
Augusto Nunes
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