"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 29 de setembro de 2012

ROBERTO JEFFERSON "RECEBO COM SERENIDADE A DECISÃO DO STF"

 


O ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, publicou nesta sexta-feira (28) uma nota em seu blog e no site do partido sobre a sua condenação, no STF, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema do mensalão.

Jefferson foi condenado pela maioria do STF – seis votos – na quinta-feira. Teoricamente, os ministros podem mudar o voto, mas como isso não é comum, ele já está sendo considerado condenado.

Segundo os ministros do STF, Roberto Jefferson recebeu R$ 4 milhões do PT, por meio das empresas de Marcos Valério, para alinhar seu partido com o governo em votações no Congresso.
Na nota, Jefferson criticou a alcunha de “delator do mensalão”, e disse que recebe “com serenidade” a condenação.

A maioria da Corte Suprema do meu País já me condenou pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Embora não concorde com as imputações, recebo com serenidade a decisão dos ministros. E reafirmo: não vendi o meu partido ao PT nem me apropriei para fins pessoais de nem um centavo sequer do dinheiro que a mim chegou para financiar campanhas eleitorais. Muito menos sou delator, alcunha com que tentam à força me marcar. Não sou vítima de ninguém, a não ser de mim mesmo. Nada a reclamar. “Dura lex, sed lex” (“a lei [é] dura, porém [é] a lei”).

Os ministros do STF só decidirão a pena a ser cumprida por Roberto Jefferson no final do julgamento.

29 de setembro de 2012
Bruno Calixto, Redação Época

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