"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A ELEIÇÃO MANIPULADA NA VENEZUELA

NOVAS REVELAÇÕES SOBRE A MANIPULAÇÃO DA ELEIÇÃO NA VENEZUELA: CHÁVEZ ESPIONOU CAPRILES E CONTROLOU COBERTURA DA IMPRENSA
 
Aqui e ali vão surgindo a cada dia novos fatos comprovados da manipulação vergonhosa por Hugo Chávez, do processo eleitoral venezuelano. E isto vem a luz - prestem a atenção - não pela grande imprensa brasileira que segura a lanterna no ranking da jornalismo submisso aos ditames do foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Luiz Inácio, o ex-Lula e seus sequazes.

Tanto é que o que comentei no post imediatamente abaixo deste se confirma por esta matéria veiculada na edição desta segunda-feira pela Folha de S. Paulo (transcrevo após este prólogo), que enviou jornalista para cobrir a eleição venezuelana, como de resto outros veículos brasileiros enviaram.

Talvez a melhor matéria que está na Folha desta segunda-feira vem de Buenos Aires, o terreiro da bruxa comunista que censura a imprensa e ameaça o mais influente e tradicional grupo de imprensa argentino, o Clarin.

Todavia, para corrobar o que afirmo, a informação não é propriamente da Folha, mas sua correspondente reporta o que o jornalista Jorge Lanata, que sofreu detenção no aeroporto de Caracas, pela polícia política de Chávez, relata com exclusividade: a manipulação chavista da eleição que deu a Chávez mais um mandato de 6 anos.

Por isso, o PT não precisa editar aqui uma "lei de medios" para amordaçar a imprensa. Ela já está amordaçada por decisão dos próprios jornalistas e dos próprios empresários proprietários de jornais, rádios e televisões, sabujos de primeira hora do nefasto lulismo. Não há no Brasil, sob o domínio do PT, nenhum jornalista da estatura do argentino Jorge Lanata ou, ainda, do quilate do venezuelano Nelson Bocaranda, para citar apenas dois exemplos.

O jornalismo brasileiro agoniza. A desinformação é a tônica. Isto quando os meios de comunicação brasileiros não exercem a simples sabugice descarada ao tecer loas ao PT, ao tergiversar, ao escamotear fatos, a usar disparatadas comprações ou jogos semânticos que induzem à lavagem cerebral cotidiana de milhares de brasileiros tornando-os, pela fraude, a farsa e a omissão dos fatos, auxiliares dos coveiros da democracia e dos assassinos da liberdade de imprensa ou, ainda, em robôs que votam em Haddad e dão 100% de aprovação para o nefasto e incompetente governo petista.
Transcrevo a matéria da Folha que relata o que relatou o jornalista argentino Jorge Lanata. O que por si só põe a nu um fato inelutável: o jornalismo brasileiro tornou-se ridículo, como ridículo se tornou o ambiente cultural e político do Brasil.
 
Os jornalistas passaram a reportar furos de reportagem de outros jornalistas. Não que isso seja demérito, não. Mas só isso não se justifica quando tradicionais empresas jornalísticas dispondo de grandes recursos produzem um material (des)informativo, fracote e de segunda mão. Leiam:
Documentos confidenciais do governo venezuelano obtidos pelo jornalista argentino Jorge Lanata mostram que houve uso do aparato estatal para vigiar o opositor de Hugo Chávez, Henrique Capriles, além de jornalistas, familiares de políticos e líderes estudantis nas eleições do último dia 7 de outubro.
O caso foi abordado por Lanata ontem em seu programa "Periodismo para Todos".
O jornalista e sua equipe haviam sido detidos no aeroporto de Maiquetía, ao deixarem Caracas. Tiveram os passaportes confiscados e arquivos de celulares e câmeras apagados.
Lanata, cujo programa é veiculado pelo canal 13, do Grupo Clarín, em enfrentamento com o governo, acusou os kirchneristas de agirem em conluio com Chávez.
Entre o material que obteve estão fichas e relatórios do Ministério da Defesa venezuelano, do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) e das autoridades do aeroporto de Maiquetía.
Num deles, é informada uma viagem realizada por uma tia do candidato oposicionista Henrique Capriles, acompanhada de outros familiares. Noutro, há o acompanhamento de passagens de Capriles pelos aeroportos.
Há, ainda, listas de jornalistas estrangeiros enviados para a cobertura das eleições, com os horários de chegada e partida previstos e as companhias em que viajaram.
Em alguns casos, foram feitas ressalvas especiais, como em relação ao mexicano Jorge Ramos, apresentador da Univisión.
No documento, pede-se que seja informada imediatamente sua chegada ao país. Ramos é apresentado da seguinte maneira: "Considerado como um dos mais importantes jornalistas da indústria midiática hispânica nos Estados Unidos, foi condutor do vídeo contra a Venezuela 'A Ameaça Iraniana'".
O nome da jornalista Leandra Felipe, que cobriria o evento para a Globo News, aparece na lista.

"Os documentos mostram que, diferentemente do discurso adotado por Chávez de que haverá mais diálogo na nova gestão, as evidências que temos são de um governo que se mostra cada vez mais totalitário e que vigia os seus cidadãos", argumentou Lanata à Folha.
Ele conseguiu recuperar imagens e o equipamento da equipe e reconstruiu o momento da detenção dos jornalistas argentinos pelos venezuelanos. Da Folha de S. Paulo
 
15 de outubro de 2012
in aluizio amorim

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