"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 27 de outubro de 2012

O DEBATE ENTRE SERRA E HADDAD: AS DIFERENÇAS FICARAM EVIDENTES!


Eleição municipal de São Paulo interessa sim ao Brasil inteiro! já que esta metrópole sozinha comanda a economia nacional.
 
Dito isto não precisaria reprisar o fato de que entregar São Paulo para o PT, o partido dos mensaleiros, é entregar além do anel, o dedo e tudo o mais. Trata-se portanto de um ato suicida, enquanto por si só pisoteia a honra dos cidadãos de bem da mais importante cidade do Brasil e da América Latina. E mais: consagra um mau exemplo debochado e infame que conspurca a Nação.

No derradeiro debate desta noite em que José Serra, a despeito de seus defeitos comuns a qualquer ser humano, mas uma das poucas reservas morais da política brasileira, teve que ouvir os impropérios e mentiras do petista Haddad, ficou muito claro que é o candidato com maior capacidade e, sobretudo, confialidade.

Além da questão eleitoral este pleito em São Paulo faz emergir de forma inelutável uma guerra de valores: de um lado o PT mensaleiro e malufista; de outro um político que reúne inegavelmente qualidades excepcionais, tanto em preparo técnico quanto pelo vasto legado de suas ações como deputado, senador, ministro, governador e prefeito. E muito mais: a derrota do PT significa a vitória da democracia que continua sendo ameaçada!
Do outro lado, o lado do mensalão, um sujeito trêmulo, inquieto, nervoso, gaguejando e agredindo gratuitamente, negando o inegável, tegiversando e falseando a verdade dos fatos.
Foi por isso que José Serra deu um verdadeiro banho de civilidade e educação e, quando fustigou o adversário, o fez de forma educada e se pautando na evidência dos fatos.

Ficou muito claro o desnível entre os dois. Houve momentos em que cheguei sentir vergonha alheia. Principalmente por ver o candidato petista fazendo aquele discurso completamente vazio, ou seja, pleno apenas de palavras ocas, sem ter, obviamente o que mostrar, já que se tornou conhecido não por ações de relevo enquanto esteve no Ministério da Educação, mas pelo descalabro dos vazamentos das provas do Enem.

Quando o assunto girou em torno da saúde foi humilhante, haja vista que José Serra sempre tratou com verdadeira obsessão esse tema e contabiliza um dos maiores feitos já registrados na história do Ministério da Saúde, quando criou os genéricos barateando verdadeiramente os medicamentos.
Não vou me estender nesta análise porque não há necessidade de provar nada. Quem viu o debate pôde constatar que não se concebe o fato de que num momento em que o PT é eviscerado no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) revelando-se suas entranhas apodrecidas pelas corrupção do mensalão, os eleitores paulistanos possam descurar esta realidade.
Um debate cheio de regrinhas e espaço diminuto para alguém discorrer sobre coisas complexas como construção de metrô, hospitais, estradas, urbanização de favelas, segurança pública, educação, saúde e o escambau não tem grande importância em termos de conteúdo. É um momento em que o marketing político fala mais alto.
Entretanto, valeu a pena num aspecto: serviu para que o eleitor tenha elementos para uma segura conclusão, já que agora lhe é possível estabelecer um claro termo de comparação. O "velho" de guerra José Serra mostrou-se inclusive mais ágil, atento e concentrado do que seu contendor, o "novo".
Houve um momento que foi crucial, quando Haddad deu aquela "sumida", perdendo o fio da meada, no que foi chamado à atenção por José Serra que o fez voltar à realidade após inexplicável "viagem"...
Estão aí de forma geral, algumas informações e considerações que reputo importantes para os paulistanos pensarem duas vezes antes de votar:
entregar São Paulo para o PT do mensalão ou resguardar a metrópole do assaque a que estará exposta caso o resultado do pleito favoreça o partido do mensalão.

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