O que dizer do apagão da madrugada de ontem, iniciado na noite de quinta-feira? Vergonha nacional, importando menos saber de quem foi a culpa. A verdade é que não dá para um país tido como a sexta economia do mundo conviver com seguidos colapsos na distribuição de energia. Dessa vez, atingindo o Nordeste e parte do Norte e do Centro-Oeste.
Seria bom que o mensalão frutificasse em outras atividades: há que apurar as responsabilidades, bem como as causas. Entre essas, sem dúvida, a privatização de boa parte do setor de geração e distribuição, crime praticado no governo Fernando Henrique.
Às empresas que se apoderaram do patrimônio publico interessa o lucro, acima de tudo. Quanto menos investimentos, melhor. O resultado aí está, sem que o Estado possa dar qualquer solução.
Aproximam-se a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Já imaginaram em meio a apagões? Nossa desmoralização seria universal. Melhor resolver logo o impasse: realizar aqueles certames com o sistema energético recuperado ou pedir desculpas pelo seu cancelamento. Chegar ao ano que vem, a 2014 e a 2016 em meio a esse contraste não dá.
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CONFUSÃO
O interregno que o ministro Marco Aurélio batizou de recesso servirá, por duas semanas, para o bom-senso voltar a prevalecer no plenário do Supremo Tribunal Federal. Na quinta-feira a confusão foi geral.
Importa menos se por falta de experiência da mais alta corte nacional de justiça em lidar com questões penais de tamanha amplitude.
Ou mesmo pela densidade de fatores políticos envolvendo o julgamento, pois a verdade é que nossos maiores detentores de vasto saber jurídico não se entenderam. Não puderam simplificar ou muito menos traduzir em decisões uniformes a aplicação da lei.
Não é preciso e nem seria possível que todos partilhassem da mesma concepção, mas do jeito que as coisas ficaram, melhor mesmo foi aproveitar o período em que o ministro Joaquim Barbosa se submeterá a tratamento médico, na Alemanha, para um exercício de meditação em separado.
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ENTÃO POR QUE ESTAMOS NO PORÃO?
Ninguém acreditou quando a Alemanha de Hitler aliou-se à Rússia de Stalin, em 1939, antes da deflagração da II Guerra Mundial. Importava às duas nações ganhar tempo, ou seja, os nazistas para preparar-se para invadir os comunistas, e estes para preparar a resistência. Mesmo assim, falsas gentilezas marcaram suas relações durante quase dois anos.
Num desses períodos, em novembro de 1940, Molotov, ministro de Relações Exteriores da URSS, foi a Berlim, sendo recebido por Ribbentrop, seu correspondente alemão. Conversavam, mentindo, ou mentiam conversando, quando o dono da casa jactou-se de o Império Britânico estar completamente liquidado. O visitante não resistiu à tentação e atalhou: “então por que estamos os dois neste abrigo anti-aéreo?”
Naquela hora aviões ingleses bombardeavam a capital do III Reich, obrigando todo mundo a refugiar-se nos porões…
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A HORA DA VERDADE
Vale insistir nas oscilações dos números das pesquisas eleitorais, agora que estamos a um dia das decisões. É a hora da verdade, quando os institutos corrigem previsões açodadas ou encomendadas, para não passarem o vexame de ser desmentidos pelas urnas.
É prematuro avançar qual a margem de vitória de Fernando Haddad sobre José Serra, ou, mesmo, se esse vai ser o pronunciamento final dos paulistanos. Vale o mesmo para Salvador, Fortaleza e outras capitais e grandes cidades. Se pesquisa ganhasse eleição, ficaria muito mais barato seguí-las.
Seria bom que o mensalão frutificasse em outras atividades: há que apurar as responsabilidades, bem como as causas. Entre essas, sem dúvida, a privatização de boa parte do setor de geração e distribuição, crime praticado no governo Fernando Henrique.
Às empresas que se apoderaram do patrimônio publico interessa o lucro, acima de tudo. Quanto menos investimentos, melhor. O resultado aí está, sem que o Estado possa dar qualquer solução.
Aproximam-se a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Já imaginaram em meio a apagões? Nossa desmoralização seria universal. Melhor resolver logo o impasse: realizar aqueles certames com o sistema energético recuperado ou pedir desculpas pelo seu cancelamento. Chegar ao ano que vem, a 2014 e a 2016 em meio a esse contraste não dá.
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CONFUSÃO
O interregno que o ministro Marco Aurélio batizou de recesso servirá, por duas semanas, para o bom-senso voltar a prevalecer no plenário do Supremo Tribunal Federal. Na quinta-feira a confusão foi geral.
Importa menos se por falta de experiência da mais alta corte nacional de justiça em lidar com questões penais de tamanha amplitude.
Ou mesmo pela densidade de fatores políticos envolvendo o julgamento, pois a verdade é que nossos maiores detentores de vasto saber jurídico não se entenderam. Não puderam simplificar ou muito menos traduzir em decisões uniformes a aplicação da lei.
Não é preciso e nem seria possível que todos partilhassem da mesma concepção, mas do jeito que as coisas ficaram, melhor mesmo foi aproveitar o período em que o ministro Joaquim Barbosa se submeterá a tratamento médico, na Alemanha, para um exercício de meditação em separado.
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ENTÃO POR QUE ESTAMOS NO PORÃO?
Ninguém acreditou quando a Alemanha de Hitler aliou-se à Rússia de Stalin, em 1939, antes da deflagração da II Guerra Mundial. Importava às duas nações ganhar tempo, ou seja, os nazistas para preparar-se para invadir os comunistas, e estes para preparar a resistência. Mesmo assim, falsas gentilezas marcaram suas relações durante quase dois anos.
Num desses períodos, em novembro de 1940, Molotov, ministro de Relações Exteriores da URSS, foi a Berlim, sendo recebido por Ribbentrop, seu correspondente alemão. Conversavam, mentindo, ou mentiam conversando, quando o dono da casa jactou-se de o Império Britânico estar completamente liquidado. O visitante não resistiu à tentação e atalhou: “então por que estamos os dois neste abrigo anti-aéreo?”
Naquela hora aviões ingleses bombardeavam a capital do III Reich, obrigando todo mundo a refugiar-se nos porões…
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A HORA DA VERDADE
Vale insistir nas oscilações dos números das pesquisas eleitorais, agora que estamos a um dia das decisões. É a hora da verdade, quando os institutos corrigem previsões açodadas ou encomendadas, para não passarem o vexame de ser desmentidos pelas urnas.
É prematuro avançar qual a margem de vitória de Fernando Haddad sobre José Serra, ou, mesmo, se esse vai ser o pronunciamento final dos paulistanos. Vale o mesmo para Salvador, Fortaleza e outras capitais e grandes cidades. Se pesquisa ganhasse eleição, ficaria muito mais barato seguí-las.
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