Para Dirceu, vitória de Haddad é etapa de um projeto para controlar a imprensa e a Justiça. Certo jornalismo está doido para ficar sob o chicote petista!
“Nosso desempenho nas eleições municipais ganha ainda maior significado, quando temos em conta que ele foi obtido em meio a uma intensa campanha, promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo explícito é criminalizar o PT. Não é a primeira, nem será a última vez, que os setores conservadores demonstram sua intolerância; sua falta de vocação democrática; sua hipocrisia, os dois pesos e medidas com que abordam temas como a liberdade de comunicação, o financiamento das campanhas eleitorais, o funcionamento do Judiciário; sua incapacidade de conviver com a organização independente da classe trabalhadora brasileira. Mas a voz do povo suplantou quem vaticinava a destruição do Partido dos Trabalhadores”
1) Em São Paulo, o PT disputa a eleição aliado a Paulo Maluf, que acaba de ser condenado a devolver aos cofres de São Paulo R$ 21 milhões. No Maranhão, o candidato apoiado pela Família Sarney — que ficou em quarto lugar na disputa — é do PT (é vice-governador do Estado; a titular é Roseana). São os “esquerdistas” de José Dirceu e Lula.
Dirceu, que pode estar na reta de vestir um uniforme listrado, anunciou ontem a sua receita para um golpe. E a eventual vitória de Haddad é a primeira parte. É duvidoso que consiga realizar todos os seus intentos. Mas convenham: é tal a adesão de setores da imprensa paulistana à candidatura Haddad que há jornalistas e veículos que até mereceriam viver sob o chicote desses iluminados…
Por Reinaldo Azevedo
O corrupto (segundo a Câmara) e corruptor (segundo o STF) José Dirceu se reuniu ontem com a direção nacional do PT. Agora, diz ele, o mais importante é vencer a eleição — especialmente em São Paulo. O debate sobre o julgamento fica para depois.
Mas o corruptor corrupto já deu a receita: os principais alvos do petismo serão a Justiça e a imprensa. Ele acha que é preciso controlar os dois.
Dirceu quer mais: pregou o financiamento público de campanha. E o que é isso? Ora, leitor e eleitor! É bater de novo a carteira do povo brasileiro para tentar eternizar o poder petista. Ou, para empregar a palavra de Ayres Britto, trata-se de uma nova proposta de “golpe”.
Na reunião, Dirceu afirmou que a melhor resposta que se pode dar ao STF é vencer a eleição em São Paulo. Entenderam como pensa este gênio da estratégia, que corre o risco efetivo de continuar a fazer os seus planos na cadeia, a exemplo de outros chefes criminosos? Para ele, uma eventual vitória de Haddad serve como contraponto à decisão da Justiça; seria como uma absolvição. Dirceu está a confundir urna com tribunal. Por esse critério, qualquer bandido que fosse eleito estaria automaticamente absolvido.
A vitória de Haddad seria, assim, então, a primeira etapa do plano de vingança de Dirceu. Viriam depois as outras ações: controle da imprensa, controle do Judiciário e reforma política, com financiamento público. Esse tal financiamento seria feito segundo, claro!, o tamanho da bancada de cada partido: bancadas maiores receberiam mais dinheiro. Não é mesmo uma boa receita? Os partidos hoje governistas ficariam com 80% da grana, e o PT levaria a maior parte. Bingo!
Podem se preparar para as ações delinquentes. Não custa lembrar que eles tentaram efetivamente fazer essa reforma aloprada e que o tal Plano Nacional (Socialista) de Direitos Humanos pregava abertamente o “controle da mídia” — além de relativizar o aborto, perseguir os crucifixos e acabar, na prática, com a propriedade privada no campo.
A Executiva do PT divulgou uma Resolução Nacional em que se lê esta pérola:
“Nosso desempenho nas eleições municipais ganha ainda maior significado, quando temos em conta que ele foi obtido em meio a uma intensa campanha, promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo explícito é criminalizar o PT. Não é a primeira, nem será a última vez, que os setores conservadores demonstram sua intolerância; sua falta de vocação democrática; sua hipocrisia, os dois pesos e medidas com que abordam temas como a liberdade de comunicação, o financiamento das campanhas eleitorais, o funcionamento do Judiciário; sua incapacidade de conviver com a organização independente da classe trabalhadora brasileira. Mas a voz do povo suplantou quem vaticinava a destruição do Partido dos Trabalhadores”
É uma nota asquerosa e mentirosa sob vários aspectos.
1) Em São Paulo, o PT disputa a eleição aliado a Paulo Maluf, que acaba de ser condenado a devolver aos cofres de São Paulo R$ 21 milhões. No Maranhão, o candidato apoiado pela Família Sarney — que ficou em quarto lugar na disputa — é do PT (é vice-governador do Estado; a titular é Roseana). São os “esquerdistas” de José Dirceu e Lula.
2) José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares são agora corruptores condenados pelo Supremo. Foram condenados por seus crimes. O PT não foi criminalizado. Os criminosos do PT é que tentaram dar um golpe na República.
3) “Dois pesos e duas medidas” é só expressão de ignorância. Quando se quer indicar um desequilíbrio, o certo é “um peso e duas medidas”. Mas o PT acertou errando: usados mesmo dois pesos e duas medidas, então estão tudo certo; então foi justo.
4) Ontem, a CUT divulgou uma nota atacando o Supremo e defendendo os mensaleiros. É a “organização independente da classe trabalhadora”.
5) Percebam que a nota repercute a fala da Dirceu e deixa entrever a ameaça de controle do Judiciário e da imprensa.
Isso não é nota de partido político que esteja conformado com a democracia, até porque o próprio texto exalta o bom desempenho da legenda nas urnas. Ora, se, segundo os próprios dirigentes, não faltaram eleitores ao partido, que mal então lhe fizeram a imprensa e o Judiciário?
Respondo: O MAL QUE FAZ A LIBERDADE! Ao fascismo, como sabem os estudiosos, não bastava ter a eventual maioria. O fascismo só era fascismo porque precisava também eliminar os adversários. E é por isso que o petismo é petismo.
Para encerrar
Dirceu, que pode estar na reta de vestir um uniforme listrado, anunciou ontem a sua receita para um golpe. E a eventual vitória de Haddad é a primeira parte. É duvidoso que consiga realizar todos os seus intentos. Mas convenham: é tal a adesão de setores da imprensa paulistana à candidatura Haddad que há jornalistas e veículos que até mereceriam viver sob o chicote desses iluminados…
11 de outubro de 2012
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