Apesar da defesa improvisada e do prazer de alguns em querer ver a decadência do Barcelona, como se o time contrariasse o futebol moderno e não fosse possível se manter no topo por muito tempo, a equipe catalã poderia ter vencido.
No segundo gol do Real Madrid, se Adriano fosse um bom zagueiro, perceberia o passe e se adiantaria para deixar Cristiano Ronaldo impedido.
Messi e Cristiano Ronaldo foram, mais uma vez, os protagonistas. A diferença entre eles é que o argentino, por causa da habilidade, da criatividade e da visão espacial de conjunto, é um jogador especial, mesmo quando não brilha.
Já o português, por ser essencialmente técnico, excepcional na execução dos fundamentos da posição, parece um jogador comum quando não faz gols nem se destaca.
Pulo para a seleção. Hoje, contra o Iraque, provavelmente jogarão juntos Kaká, Neymar, Hulk (ou Lucas) e Oscar, sem um centroavante fixo. Na escalação de qualquer equipe, mais importante que as características é a qualidade dos jogadores, desde que eles se adaptem a funções um pouco diferentes das que fazem em seus clubes. Hoje, os dois melhores atacantes brasileiros são Neymar e Hulk. Kaká poderá ser um terceiro. A visão do futebol nacional não pode ser somente a do Brasileirão.
Quando Dunga foi técnico da seleção, priorizou o contra-ataque porque era o jeito de que mais gostava e porque tinha Kaká, Robinho e Ramires, três jogadores velozes. A maioria não gostou, mas o time tinha uma maneira definida de jogar, além de conseguir ótimos resultados, até ser eliminado pela Holanda na Copa do Mundo.
Já Mano pode viver uma contradição. Quer a equipe mais à frente, pressionando, mas tem jogadores como Kaká, Neymar, Lucas e Ramires, ideais para o contra-ataque. Uma solução seria usar os dois estilos, um de cada vez, de acordo com o momento. É difícil fazer isso. A seleção corre o risco de ter dupla personalidade. Mas o futebol é tão esquizofrênico, que até pode dar certo.
11 de outubro de 2012
Tostão (O Tempo)
No segundo gol do Real Madrid, se Adriano fosse um bom zagueiro, perceberia o passe e se adiantaria para deixar Cristiano Ronaldo impedido.
Messi e Cristiano Ronaldo foram, mais uma vez, os protagonistas. A diferença entre eles é que o argentino, por causa da habilidade, da criatividade e da visão espacial de conjunto, é um jogador especial, mesmo quando não brilha.
Já o português, por ser essencialmente técnico, excepcional na execução dos fundamentos da posição, parece um jogador comum quando não faz gols nem se destaca.
Pulo para a seleção. Hoje, contra o Iraque, provavelmente jogarão juntos Kaká, Neymar, Hulk (ou Lucas) e Oscar, sem um centroavante fixo. Na escalação de qualquer equipe, mais importante que as características é a qualidade dos jogadores, desde que eles se adaptem a funções um pouco diferentes das que fazem em seus clubes. Hoje, os dois melhores atacantes brasileiros são Neymar e Hulk. Kaká poderá ser um terceiro. A visão do futebol nacional não pode ser somente a do Brasileirão.
Quando Dunga foi técnico da seleção, priorizou o contra-ataque porque era o jeito de que mais gostava e porque tinha Kaká, Robinho e Ramires, três jogadores velozes. A maioria não gostou, mas o time tinha uma maneira definida de jogar, além de conseguir ótimos resultados, até ser eliminado pela Holanda na Copa do Mundo.
Já Mano pode viver uma contradição. Quer a equipe mais à frente, pressionando, mas tem jogadores como Kaká, Neymar, Lucas e Ramires, ideais para o contra-ataque. Uma solução seria usar os dois estilos, um de cada vez, de acordo com o momento. É difícil fazer isso. A seleção corre o risco de ter dupla personalidade. Mas o futebol é tão esquizofrênico, que até pode dar certo.
11 de outubro de 2012
Tostão (O Tempo)
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