"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ONU RECONHECE PALESTINA COMO "ESTADO OBSERVADOR"

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Com a admissão, Abbas espera recuperar o apoio da população palestina (Reprodução/Internet)

Ao que tudo indica, a organização de 193 países deve aprovar o pedido nesta quinta-feira, mas a que preço?

Uma semana após o cessar-fogo entre Hamas e Israel, a Autoridade Palestina agendou um encontro na Assembleia Geral das Nações Unidas para tratar da admissão da Palestina como membro observador da ONU. A aprovação desta resolução permitirá aos palestinos juntar-se ao Tribunal Penal Internacional, onde poderão denunciar abusos israelenses.
Ao que tudo indica, a organização de 193 países deve aprovar o pedido. O apoio dos países membros aumentou após o conflito em Gaza. A França e outros países europeus delcararam apoio à candidatura Palestina, em parte como estratégia para dar força aos palestinos moderados, que reconhecem o direito de existência de Israel e buscam uma solução de dois Estados.

O pedido também é uma manobra estratégica do presidente da Palestina, Mahmoud Abbas. As negociações de paz entre Israel e Palestina estão em um impasse desde 2008, e a solução de dois Estados parece estar mais longe do que nunca. O prestígio de Abbas diminuiu entre os palestinos após o conflito de Gaza, quando o presidente ficou às margens das negociações entre Hamas, Israel e Egito.

Caso atinja seu objetivo, Abbas terá de pagar um preço caro. Depois que a Palestina se tornou membro das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, em 2011, Israel reagiu congelando a tranferência de milhões de dólares de impostos para a Autoridade Palestina. Outra medida semelhante será desastrosa, já que a Palestina enfrenta dificuldades econômicas.

A votação será nesta quinta-feira, 29, e coincidirá com o aniversário de 65 anos da Assembleia Geral da ONU.

Fontes:The New York Times-The Palestinians’ U.N. Bid

30 de novembro de 2012

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