CPI do Cachoeira chega ao final como uma comédia bufa, em que dois personagens são esquecidos: Sergio Cabral e Agnelo Queiroz
Hoje, Dia da Consciência Negra em importantes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, não é feriado em Brasília. Mesmo assim, os membros da CPI de Carlinhos Cachoeira decidiram adiar para quarta-feira a apresentação do relatório final do relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). Afinal, ninguém é de ferro e o fim de semana superprolongado acabou falando mais alto.
Sabe-se que o relator irá pedir o indiciamento do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), do governador goiano Marconi Perillo (PSDB) e de alguns prefeitos goianos, por envolvimento com o esquema operado por Carlos Augusto Ramos, o Cachoeira.
Outros dois governadores envolvidos com o esquema – Sergio Cabral (RJ) e Agnelo Queiroz (DF) – estão de fora do relatório oficial. Mas a CPI, criada para investigar as relações do empresário Carlinhos Cachoeira com políticos, deverá confirmar que a empreiteira Delta, que tem contratos com o governo federal, foi usada para dar aparência legal ao dinheiro do esquema, tudo com o apoio de políticos.
Leréia é a bola da vez, porque também está sendo investigado pelo Supremo e pela corregedoria da Câmara dos Deputados por suas relações com Cachoeira, o que pode levar a abertura de processo de cassação de mandato. Segundo informa Andreza Matais, da Folha de S. Paulo, Leréia será acusado pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência, formação de quadrilha, violação do sigilo funcional e crime contra a ordem tributária, vejam que se trata de um parlamentar de múltiplas qualidades.
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RELATÓRIO PARALELO
Diante da omissão e da leniência do relator Odair Cunha (PT-MG), um grupo de parlamentares independentes resolveu apresentar um relatório paralelo, pedindo simultaneamente à Procuradoria-Geral que investigue as relações entre o presidente da Delta, Fernando Cavendish e os governadores Sérgio Cabral e Agnelo Queiróz.
Os parlamentares independentes pretendem uma fiscalização minuciosa nas obras realizadas pela construtora no estado do Rio de Janeiro, não apenas em contratos assinados com os Executivos governado por Cabral e, eventualmente, por Eduardo Paes e outros prefeitos, mas também do que foi contratado pelo Judiciário quando presidido por Luiz Zveiter e Manoel Alberto Rebêlo dos Santos. Querem investigar também o governador Agnelo Queiroz, que tem sofrido graves acusações que acabam caindo no esquecimento.
É louvável a atuação desse grupo, que inclui os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pedro Taques (PDT-MT) e Pedro Simon (PMDB-RS) e os deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Anthony Garotinho (PR-RJ) e Miro Teixeira (PDT-RJ). Mas já sabe que, no final, quem pagará mesmo o pato será o próprio Cachoeira, que é uma espécie de Marcos Valério em versão goiana.
A Procuradoria-Geral da República está pedindo 80 anos de prisão para Cachoeira, o dobro da pena que Valério poderá pegar.
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Não perca amanhã: Filhos de Roberto Marinho já são mais ricos do que Eike Batista. E vem aí o livro sobre Roberto Marinho, contando como ele usurpou o controle acionário da TV Paulista, apossando-se das ações de 672 sócios, entre eles o palhaço Arrelia.
20 de novembro de 2012
Carlos Newton
Hoje, Dia da Consciência Negra em importantes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, não é feriado em Brasília. Mesmo assim, os membros da CPI de Carlinhos Cachoeira decidiram adiar para quarta-feira a apresentação do relatório final do relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). Afinal, ninguém é de ferro e o fim de semana superprolongado acabou falando mais alto.
Sabe-se que o relator irá pedir o indiciamento do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), do governador goiano Marconi Perillo (PSDB) e de alguns prefeitos goianos, por envolvimento com o esquema operado por Carlos Augusto Ramos, o Cachoeira.
Outros dois governadores envolvidos com o esquema – Sergio Cabral (RJ) e Agnelo Queiroz (DF) – estão de fora do relatório oficial. Mas a CPI, criada para investigar as relações do empresário Carlinhos Cachoeira com políticos, deverá confirmar que a empreiteira Delta, que tem contratos com o governo federal, foi usada para dar aparência legal ao dinheiro do esquema, tudo com o apoio de políticos.
Leréia é a bola da vez, porque também está sendo investigado pelo Supremo e pela corregedoria da Câmara dos Deputados por suas relações com Cachoeira, o que pode levar a abertura de processo de cassação de mandato. Segundo informa Andreza Matais, da Folha de S. Paulo, Leréia será acusado pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência, formação de quadrilha, violação do sigilo funcional e crime contra a ordem tributária, vejam que se trata de um parlamentar de múltiplas qualidades.
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RELATÓRIO PARALELO
Diante da omissão e da leniência do relator Odair Cunha (PT-MG), um grupo de parlamentares independentes resolveu apresentar um relatório paralelo, pedindo simultaneamente à Procuradoria-Geral que investigue as relações entre o presidente da Delta, Fernando Cavendish e os governadores Sérgio Cabral e Agnelo Queiróz.
Os parlamentares independentes pretendem uma fiscalização minuciosa nas obras realizadas pela construtora no estado do Rio de Janeiro, não apenas em contratos assinados com os Executivos governado por Cabral e, eventualmente, por Eduardo Paes e outros prefeitos, mas também do que foi contratado pelo Judiciário quando presidido por Luiz Zveiter e Manoel Alberto Rebêlo dos Santos. Querem investigar também o governador Agnelo Queiroz, que tem sofrido graves acusações que acabam caindo no esquecimento.
É louvável a atuação desse grupo, que inclui os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pedro Taques (PDT-MT) e Pedro Simon (PMDB-RS) e os deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Anthony Garotinho (PR-RJ) e Miro Teixeira (PDT-RJ). Mas já sabe que, no final, quem pagará mesmo o pato será o próprio Cachoeira, que é uma espécie de Marcos Valério em versão goiana.
A Procuradoria-Geral da República está pedindo 80 anos de prisão para Cachoeira, o dobro da pena que Valério poderá pegar.
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Não perca amanhã: Filhos de Roberto Marinho já são mais ricos do que Eike Batista. E vem aí o livro sobre Roberto Marinho, contando como ele usurpou o controle acionário da TV Paulista, apossando-se das ações de 672 sócios, entre eles o palhaço Arrelia.
20 de novembro de 2012
Carlos Newton
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