Internacional - Estados Unidos
Uma amiga brasileira que vive nos EUA me disse que a maioria dos amigos dela nos EUA apoiou Obama. Eles são evangélicos que se opõem ao aborto e à homossexualidade. Mas eles gostam dos privilégios e presentes que os socialistas oferecem. Em resumo, eles sacrificarão qualquer valor moral importante para obter privilégios e presentes.
Os evangélicos americanos estão “lutando uma batalha cada vez mais difícil, demograficamente falando”, em questões tais como “casamento” gay, disse Jim Daly, presidente de Focus on the Family (a maior organização evangélica pró-família dos EUA) ao jornal Los Angeles Times, após a recente eleição presidencial dos EUA.
No mês passado, ele disse que os evangélicos e os conservadores sociais estavam “remando contra a maré” ao focar em valores tradicionais como aborto e “casamento” gay em suas mensagens políticas.
Sua chamada pedindo “moderação” foi basicamente um apelo para que os cristãos parem sua oposição política a tais questões à luz da recente vitória eleitoral de Obama.
Sua admoestação implica que depois de décadas, os democratas (políticos do Partido Democrático dos EUA, muito parecido com o PT, e mencionados daqui em diante neste artigo como socialistas) alcançaram vitória por meio de uma mudança em massa da mente do povo americano, que agora quer aborto e “casamento” gay. Em parte, isso é verdade com relação aos americanos natos que se tornaram esquerdistas depois de uma exposição de longa duração ao esquerdismo nos campos de doutrinação de massa (também conhecidos como escolas públicas). Graças a essa doutrinação, eles veem, falam e sonham socialismo (vulgo Partido Democrático).
No entanto, não há suficientes americanos esquerdistas natos para decidir as eleições. Nesse ponto, entra o fantástico plano democrático, e Ann Coulter explicou-o muito bem ao dizer que os democratas mudaram profundamente a demografia dos EUA. Ela escreve:
A maioria dos americanos não entende que, décadas atrás, os democratas instituíram um plano de longo prazo para transformar gradualmente os Estados Unidos numa nação do terceiro mundo. Os EUA se tornariam mais pobres e menos livres, mas os democratas teriam uma maioria imbatível!
Deve-se acrescentar também que como consequência desse plano, os EUA são hoje uma nação menos cristã. Uma recente reportagem da Associated Press disse que “Pela primeira vez em sua história, os Estados Unidos não têm uma maioria protestante”.
Evidentemente, um esquerdismo agressivo e estúpido nas grandes igrejas protestantes que está espantando membros tem sido fundamentalmente útil para o plano socialista, mas a imigração está mudando não somente a face étnica dos EUA, mas também sua demografia e influência cristã.
Coulter diz:
Sob a lei de imigração de 1965 feita por Teddy Kennedy, nossa política de imigração mudou de uma política que duplicava a população étnica existente para uma política que estritamente favorecia imigrantes inexperientes do terceiro mundo. Desde 1968, 85 por cento dos imigrantes legais estão vindo do que se chama eufemisticamente de “países em desenvolvimento”.
Os EUA não podem receber cientistas de computação da Europa que estão fugindo de seu decadente continente socialista, e absolutamente não podem receber cristãos que estão fugindo de perseguição islâmica, até mesmo de nações muçulmanas invadidas por tropas americanas, pois os EUA têm de dar espaço para imigrantes muçulmanos. O plano socialista (democrático) exige que a demografia cristã dos EUA seja mudada. Cristãos para fora, muçulmanos para dentro.
William J. Murray, presidente da Coalizão de Liberdade Religiosa, me disse recentemente: “Os muçulmanos estão sendo enviados para viver no cinturão bíblico (região dos EUA onde predominam os evangélicos que se mantêm fiéis à Bíblia) quando imigram para os EUA. Nashville e Atlanta são os centros de imigração usados por Obama para descarregar muçulmanos nos EUA. Além disso, os muçulmanos que não conseguem vistos têm a ajuda de seus aliados, os cartéis mexicanos, que os fazem passar pela fronteira para se estabelecer nos EUA”.
Coulter escreve:
Pelo fato de que os recentes imigrantes não têm conhecimento profissional, eles chegam aos EUA em necessidade urgente de assistência governamental. O desespero deles tem sido uma “bênção” enorme para o Partido Democrático.
Não é que os imigrantes pobres pensem diferente dos conservadores acerca da maioria das questões. Tente perguntar a um recente imigrante:
Qual sua opinião sobre o aborto?
É tirar uma vida.
O que deveríamos fazer com os criminosos?
Prenda-os e jogue fora a chave.
Você apoia o aumento de impostos?
Não, o governo já tira demais.
Qual é sua opinião sobre funcionários do governo que recebem salários e aposentadorias gordas sem mostrarem serviço?
Deixa-me revoltado.
Você apoia o “casamento” gay?
De forma nenhuma.
Em quem você vai votar?
Nos democratas.
Sim, porque os democratas dão presentes!
Isso é verdade, por exemplo, com relação aos imigrantes da América Latina, os apoiadores mais fieis dos democratas. Os bispos católicos americanos têm sido vocalmente pró-vida, mas mais de 70% dos católicos, a maioria latino-americanos, votaram em Obama e nos democratas, que são pró-aborto e pró-homossexualismo.
Os imigrantes latino-americanos com certeza se opõem ao aborto e ao “casamento” gay. O problema é que gente pobre e sem instrução — a base do Partido Democrático — gosta de coisas grátis que os socialistas lhes dão.
Os brasileiros não são diferentes. Eles geralmente votam nos políticos “mais generosos”. E eles têm reproduzido sua conduta nos EUA. Uma amiga brasileira que vive nos EUA me disse que a maioria dos amigos dela nos EUA apoiou Obama. Eles são evangélicos que se opõem ao aborto e à homossexualidade.
Mas eles gostam dos privilégios e presentes que os socialistas oferecem. Em resumo, eles sacrificarão qualquer valor moral importante para obter privilégios e presentes. Os EUA nada perderiam se deportassem brasileiros e outros imigrantes que colocam seu conforto pessoal acima dos valores da família tradicional.
Portanto, Jim Daly se equivocou de forma fundamental em sua compreensão da atual realidade dos EUA. Um candidato conservador não precisa “abrandar” sua oposição ao “casamento” gay e ao aborto. Se tudo o que ele quer é agradar a uma multidão de eleitores, ele deveria fazer o que qualquer ditador do terceiro mundo faz: prometer uma abundância de coisas grátis.
Afinal, considerando que a maioria dos imigrantes nos EUA veio de nações do terceiro mundo, eles têm aspirações do Terceiro Mundo: eles querem que o governo os alimente, os ajude, etc.
Contudo, insistir em abundância de benesses não é o jeito cristão de fazer as coisas. O jeito bíblico é:
“Todavia, vos encorajamos, queridos irmãos, que vos aperfeiçoeis nisto cada vez mais, buscando viver em paz, cuidando cada qual da sua vida, e trabalhando com as próprias mãos, como já vos orientamos”. (1 Tessalonicenses 4:10-11 KJA)
Os cristãos conservadores jamais deveriam abrandar sua oposição ao “casamento” gay e ao aborto por amor a ganhos eleitorais.
Se os imigrantes, inclusive os brasileiros, votassem de acordo com princípios morais e cristãos, Obama e os democratas nunca ganhariam. Mas isso levanta uma questão séria: qual é a alternativa?
Os candidatos que enfrentaram Obama não espelhavam os valores morais ou cristãos dos imigrantes. Eles realmente “moderaram” e “abrandaram” sua oposição ao “casamento” gay, ao aborto e a outras grandes questões morais, exatamente como Jim Daly propôs. E não funcionou.
Como cristão, eu jamais poderia votar em Obama ou nos candidatos rivais e suas posturas “moderadas”, que são igualmente imorais.
É tarde demais para os cristãos conservadores americanos pararem a imigração em massa causada pelos democratas. Esses imigrantes, que se opõem ao “casamento” gay e ao aborto, estão decidindo as eleições americanas por sua mera escolha dos políticos que oferecem mais esmolas.
Se um candidato dissesse “temos de trabalhar muito duro para construir nossa nação”, ele teria sido eleito por americanos de duzentos ou trezentos anos atrás, mas não hoje.
No entanto, se ele dissesse “se você me escolher, você receberá muitos presentes”, sua eleição estaria garantida hoje, mas provavelmente não duzentos ou trezentos anos atrás.
Os socialistas obtiveram vitória ao mudar a demografia americana sem nenhuma oposição desde a década de 1960. Talvez os republicanos ou os conservadores devessem lutar fogo com fogo e trazer imigrantes conservadores de outras nações. Nesse caso, os socialistas americanos fariam o que nunca fizeram antes: oposição feroz às políticas de imigração!
Mas onde os republicanos ou os conservadores conseguiriam milhões de imigrantes conservadores? Até mesmo muitos cristãos no Brasil e outras nações estão contaminados por expectativas socialistas: eles querem que o governo faça tudo por eles.
Há pouca esperança para os conservadores sociais americanos e sua sobrevivência política.
Como os cristãos conservadores americanos deveriam reagir à transformação num país de terceiro mundo que está ocorrendo nos EUA?
Se eles não podem ir até os confins da terra para pregar o Evangelho, pessoas desses confins estão sendo trazidas pelos socialistas para receber o Evangelho — não o evangelho social, marxista e progressista que está destruindo as grandes denominações protestantes dos EUA, mas o Evangelho real, que liberta as pessoas de todo mal, inclusive do socialismo.
Pelo menos, esta é a minha perspectiva como um cristão brasileiro.
21 de novembro de 2012
Julio Severo
Com informações do jornal Washington Times e WND.
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