Enquanto isso, em terras tupiniquins, os traficantes ditam as regras e impõem aos cidadãos o recolhimento compulsório em suas residências. Por enquanto, só em SP. Quantas mortes ainda serão necessárias para que se perceba a inutilidade de todas as medidas adotadas até hoje?
Medidas que só fizeram aumentar o poder dos marginais, a corrupção nos meios policial e jurídico, o encarceramento de jovens inocentes, a morte de civis e militares e o estúpido gasto de recursos financeiros e humanos. Recentemente nos surpreendemos com a notícia de que a Corregedoria da Pm-SP suspeita que policiais entregaram a criminosos uma listagem com nomes completos, endereços residenciais e telefones de quase cem PMs da Grande SP.
Parece-nos que o exemplo deixado por Al Capone não serviu para nada. Alás, costuma-se falar apenas do Capone, mas é preciso não esquecer Joseph Kennedy. Não só pela fortuna amealhada com a venda ilegal de bebidas como o vôo extraordinário que o fez embaixador estadunidense em Londres. Sem contar, o fato de ter emplacado a presidência com o filho John.
Essa ingrata tarefa de enxugar gelo jamais se esgotará enquanto houver pessoas que se beneficiem diretamente desse sistema fracassado. No Rio, descobriu-se que milhões de reais eram destinados a ex-major da PM, com mais de 40 mortes em 3 anos (“todas em legítima defesa” (sic)), dono de “abrigos de recuperação”. Recebia recursos públicos da ordem de R$ 28 mil por viciado em crack.
O prefeito Paes, percebendo o excelente negócio, apressou-se em lançar o balão de ensaio da internação compulsória, muito embora especialistas tenham se posicionado contrariamente.
Ele adora um miliciano.
Esse é apenas um pequeno exemplo e não se pode confundir cannabis e crack. Existem experiências, no Brasil e em Portugal, do uso da cannabis na recuperação dos viciados em crack com percentual considerável de sucesso na remissão total dos pacientes. No Brasil, esse trabalho foi levado a efeito pelo psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira.
O Brasil não deve enveredar-se por caminhos sem retorno. Essa armadilha só faz consumir recursos de fundamental importância em outras áreas, fazendo com que a nação fique a patinar tornando-se presa fácil do capital internacional. Alguém já disse “Países não têm amigos, têm interesses”.
Um novo México, com o potencial econômico do Brasil, podem apostar, é o sonho de consumo de muitos países.
Rezemos para que São Paulo recupere a paz e não se torne joguete nas mãos de políticos incompetentes e distantes da realidade do cidadão comum.
15 de novembro de 2012
Wildner Aguiar
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