SANATÓRIO GERAL DA 'POLÍTICA'

Elogio comprometedor

“O que o Toffoli disse tem muito de verdade”.

Márcio Thomaz Bastos, ainda convalescendo do naufrágio da estratégia que montou para livrar da cadeia os quadrilheiros do mensalão, sobre a discurseira em que Dias Toffoli defendeu a absolvição de todos os delinquentes que não tiverem cometido nenhum homicídio, admitindo por tabela que parte do que disse o ministro companheiro é mentira.

 

Revolução cultural

“O Vale-Cultura provocará uma revolução no país”.

Marta Suplicy, ministra da Cultura, garantindo que, com a aprovação do projeto que concede isenção fiscal às empresas que pagarem aos funcionários R$ 50 mensais para gastos com bens culturais, todos os brasileiros vão ficar tão eruditos que até Lula deixará de exterminar plurais e Dilma Rousseff começará a dizer coisa com coisa.

 

Grande notícia

“Eu vou ficar bem quietinho na vice, bem vice, vou ser tipo assim um vice José Alencar”.

Ricardo Lewandowski, que acaba de assumir a vice-presidência do Supremo Tribunal Federal, prometendo fazer daqui por diante o contrário do que tem feito desde 2007, quando foi nomeado por Lula ministro da defesa dos quadrilheiros do mensalão.

 

Falta o bolsa-cabeça

“Já temos um Bolsa-Família, que alimenta as pessoas, e agora teremos um bolsa-alma, porque a cultura é o alimento da alma”.

Marta Suplicy, ministra da Cultura, sobre a aprovação do projeto de lei que criou o Vale Cultura, sem esclarecer se é o Ministério da Saúde, o Ministério da Educação ou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação o encarregado de parir um bolsa-cabeça, para suprir o deficit de neurônios que tem prejudicado o desempenho da presidente da República e dos integrantes do primeiro escalão.

 

Faltou amor

“O ódio imperou na decisão de Barbosa”.

José Dirceu, durante o jantar em sua homenagem promovido em Brasília, sobre o ministro Joaquim Barbosa, ensinando que, no Brasil, políticos que se metem com corrupção passiva e formação de quadrilha precisam ser tratados com amor e respeito pelos juízes do Supremo Tribunal Federal, porque estão apenas preservando hábitos incorporados há muitas décadas aos usos e costumes nacionais.

A favor da corrupção

“Neste sábado (24), deputados federais, estaduais, vereadores, dirigentes, militantes, lideranças sindicais e representantes dos movimentos sociais participam do Ato em Defesa do PT durante a abertura do 5º Encontro Nacional do Diálogo Petista, que tem como objetivo denunciar “o julgamento político no STF, a criminalização dos movimentos sociais e a judicialização da política”.

Nota divulgada no site do PT, anunciando o lançamento do Movimento Pró- Impunidade dos Companheiros Corruptos.

 

A saúva e a formiguinha

“Vamos fazer um trabalho de formiguinha para provar à sociedade que esse julgamento foi político”.

Chico Vigilante, deputado distrital do PT de Brasília, durante o jantar em homenagem a José Dirceu, revelando que a companheirada quer fantasiar-se de formiguinha para reparar o estrago provocado pelas saúvas do mensalão.

 

Falta o resto

“Os setores que se identificam com o PT têm que mostrar a cara. Depois do PT, irão contra a CUT e os movimentos sociais”.

Markus Sokol, integrante da executiva nacional do PT, confirmando que ainda não foram devidamente investigadas as ramificações da tribo dos mensaleiros formadas por cúmplices e comparsas.

 

Dilmês histórico

“A história do passado muitas vezes foi escrita escondendo a luta das populações negras contra a escravidão”.

Dilma Rousseff, capturada por Celso Arnaldo na cerimônia alusiva ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, a cada discurso garantindo seu lugar na história do futuro.
 

 

Boa ideia

“Em comparação com outros condenados, as penas dele foram exageradas. Houve réu que movimentou muito mais dinheiro e recebeu pena menor por corrupção ativa, por exemplo”.

Marthius Sávio Cavalcante Lobato, advogado de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção passiva, formação de quadrilha e peculato, além do pagamento da multa de R$1.3 milhão, sugerindo ao STF que, para fazer justiça, aumente o tempo de cadeia imposto aos oficiais graduados da quadrilha.

24 de novembro de 2012
Augusto Nunes