Nestor Kirchner e Cristina Kirchner oficializaram um calote em 2005.
A Argentina declarara o calote da sua dívida em 2002, em meio a uma crise política e econômica. Três anos mais tarde, em 2005, já no governo o ex-presidente Nestor Kirchner (2003-2007), tentou resolver a questão oferecendo pagamentos com descontos aos que tinham investido nos papéis argentinos e tinham sido alvo do calote.
Mais de 90% dos credores aceitaram a proposta do governo, aceitando abatimentos acima de 70% e pagamentos em 30 anos.
Acontece que houve quem não aceitasse, e entrou com cobranças na justiça. Isto sem dúvida é um direito que assiste a um credor. Aliás, é um dever do credor se tiver acionistas que se sintam lesados
Agora o passado questionável do país caloteiro vem assombrá-lo. Semanas atrás a fragata-escola da Argentina a Libertad, orgulho de um país que venera sua Armada de Guerra foi apreendida a pedido de credores.
Adicionalmente quinta-feira passada um juiz de Nova York condenou a Argentina a pagar um resíduo de dívida do calote no valor de US$ 1.3 bilhão até o próximo dia 15.
O ministro da Economia, Hernán Lorenzino, disse que a Argentina apelará na próxima segunda-feira na Justiça dos Estados Unidos e em fóruns internacionais. “Recebemos a informação da decisão do juiz de forma pouco usual, via e-mail, tarde da noite, e na véspera de feriado nos Estados Unidos.
Não achamos justo e legal pagar a estes fundos de especulações. Seriamos injustos com os que aceitaram pagamentos com descontos para que a Argentina voltasse a crescer”.
Por acaso sexta-feira era feriado na Argentina? E de mais a mais. Os que aceitaram a negociação não terão direitos? Era utópico achar que os que não aceitaram ficariam de braços cruzados. Obviamente não o fizeram, tanto que o caso acabou sendo julgado. Será que a Argentina não instruiu advogados para acompanhar os processos? E achando ou não justo pagar estes credores, a Argentina um dia aceitou o dinheiro e se comprometeu a pagar o empréstimo. Não vamos confundir as coisas. Aceitar um calote nunca foi obrigação de ninguém.
Acho que agora La Kirchner vai dizer que é perseguição contra ela, uma pobre viúva que mal consegue pagar seus sapatos Loubotin e Jimmy Choo de US$ 3 mil por par.
Melhor doravante a Viúva K. fazer suas viagens em aviões fretados. Já imaginaram a cena tétrica. O avião do governo argentino pousa numa capital qualquer. Madame entra numa limusine e é levada a uma conferência. Nem bem ela saiu do aeroporto e o avião é apreendido por ordem de seus credores.
Quando madame sai da conferência não encontra sua limusine. Foi apreendida também. Madame senta no meio fio chora e diz que é tudo culpa de Obama e da Dilma. Por que? O que Obama e Dilma têm a ver com isto?
Aí também é demais. Quem pediu lógica no raciocínio de Cristina Kirchner.
24 de novembro de 2012
Ralph J. Hofmann
(1) Mó é cada uma do par de pedras duras, redondas e planas, com as quais, nos moinhos, se trituram grãos de trigo, cevada, centeio e outros, até se reduzirem a farinha; ou, nos lagares a azeitona, até ser dela extraído todo o óleo.
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