Na última semana, o grande lance do futebol foi o gol de Ibrahimovic. Há jogadas que não têm explicação e/ou não sabemos descrevê-las, por falta de talento literário. Luís Fernando Veríssimo, em uma de suas crônicas sobre pessoas estarem nos lugares e nos momentos certos, disse que o primeiro homem a pisar na lua deveria ter sido um grande poeta. Faltou um Nelson Rodrigues, um Armando Nogueira, para descrever o gol de Ibrahimovic.
Se fizessem uma votação para eleger o jogador mais cai-cai, mais simulador de faltas e pênaltis do Campeonato Brasileiro, o atleticano Neto Berola teria mais de chances de vencer, entre dezenas de fortes candidatos. Os cai-cai são, em parte, conse-quência do excesso de jogadas aéreas. Cavam a falta para alguém jogar a bola na área.
Um dos motivos da queda do Atlético no segundo turno foi o excesso de jogadas pelo alto para o grandalhão Jô ou para um zagueiro. Como deu certo no primeiro turno, passou a ser a principal jogada do time, ainda mais com Ronaldinho, que coloca a bola na cabeça do companheiro. É uma eficiente jogada, mas não pode ser a principal. Além disso, o jogo fica feio.
24 de novembro de 2012
Tostão (O Tempo)
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