"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 24 de novembro de 2012

A QUEDA DO PALMEIRAS E A PIOR JOGADA DO ATLÉTICO MINEIRO

Entre tantos motivos para a queda do Palmeiras, o principal é técnico. Os responsáveis são os últimos treinadores e o diretor de futebol. O time contratou, por sugestão dos técnicos, vários jogadores fracos, alguns caríssimos. Arnaldo Tirone e nenhum outro presidente de clube entendem de detalhes de futebol. O presidente tem de saber administrar o clube, o que não sei se Tirone sabe.



Na última semana, o grande lance do futebol foi o gol de Ibrahimovic. Há jogadas que não têm explicação e/ou não sabemos descrevê-las, por falta de talento literário. Luís Fernando Veríssimo, em uma de suas crônicas sobre pessoas estarem nos lugares e nos momentos certos, disse que o primeiro homem a pisar na lua deveria ter sido um grande poeta. Faltou um Nelson Rodrigues, um Armando Nogueira, para descrever o gol de Ibrahimovic.

Se fizessem uma votação para eleger o jogador mais cai-cai, mais simulador de faltas e pênaltis do Campeonato Brasileiro, o atleticano Neto Berola teria mais de chances de vencer, entre dezenas de fortes candidatos. Os cai-cai são, em parte, conse-quência do excesso de jogadas aéreas. Cavam a falta para alguém jogar a bola na área.

Um dos motivos da queda do Atlético no segundo turno foi o excesso de jogadas pelo alto para o grandalhão Jô ou para um zagueiro. Como deu certo no primeiro turno, passou a ser a principal jogada do time, ainda mais com Ronaldinho, que coloca a bola na cabeça do companheiro. É uma eficiente jogada, mas não pode ser a principal. Além disso, o jogo fica feio.

24 de novembro de 2012
Tostão (O Tempo)

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