"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SENADOR EVANGÉLICO AVISA QUE RELIGIOSOS DERROTARÃO HADDAD E QUALQUER UM QUE DEFENDA O "KIT GAY" E O ABORTO



O VÍDEO ACIMA PRODUZIDO PELO MEC SOB A GESTÃO DE HADDAD COMPÕE O DENOMINADO 'KIT GAY' QUE É REPUDIADO PELOS EVANGÉLICOS
O líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), ameaçou ontem mobilizar os evangélicos para derrotar o petista Fernando Haddad na eleição municipal de São Paulo.
Ele voltou a ligar o ex-ministro da Educação ao chamado "kit gay"--material que seria distribuído em escolas para combater preconceito contra homossexuais.
"Nós [religiosos] vamos derrotar o Haddad e qualquer um que acredite em 'kit gay' e aborto", disse Malta, que integra a bancada evangélica.
O ataque foi motivado pela insatisfação com uma fala do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) no Fórum Social Temático, no último dia 27.
Malta o acusou de pregar uma batalha ideológica contra evangélicos que têm a "visão do mundo controlada por pastores de televisão".
Anteontem, da tribuna do Senado, chamou o ministro de "safado", "mentiroso", "cara de pau" e "camaleão". Ainda recomendou que ele lavasse a boca com álcool antes de falar dos evangélicos.
Em palestra no fórum, o ministro disse que o Estado deve fazer uma "disputa ideológica" pela chamada nova classe média, que estaria "à mercê da ideologia disseminada pelos meios de comunicação" e "hegemonizada por setores conservadores".
"Lembro aqui, sem nenhum preconceito, o papel da hegemonia das igrejas evangélicas, das seitas pentecostais, que são a grande presença para esse público que está emergindo", afirmou.
O petista disse ter sido mal compreendido. "De maneira alguma ataquei os companheiros evangélicos. O que fiz foi uma constatação política que, de fato, quem tem presença na periferia do Brasil, quem fala para as classes sobretudo C, D e E, são as igrejas evangélicas."

10 de fevereiro de 2012
Do site da Folha.com

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