Esses meus leitores… Sempre atentos. Quando tratei do Instituto Alana, que quer proibir a propaganda de refrigerante, listei os nomes dos comandantes da entidade: Ana Lucia de Mattos Barretto Villela e Alfredo Egydio Arruda Villela Filho.
Como sou ignorante nesse mundo, pensei: “Seriam casados?”. Não, não! Mais ignorante ainda, imaginei a Alana a proibir as criancinhas de participar de propaganda de bancos, por exemplo, porque, afinal, pertencem a um setor que explora a usura, né?
Eu tenho cada uma…
Os dois são irmãos. A família é a maior acionista individual do grupo Itaú, o segundo maior do país entre os bancos privados. Assim, só acertei mesmo nos “mordomos invisíveis que administram a casa”. O Brasil também será único no mundo na produção de bilionários que têm horror ao capitalismo.
Agora entendo por que o Itaú usa tanto as crianças em seus comerciais. É para mostrar ao mundo como se faz. Certamente passa antes pelo controle de qualidade da Alana.
Quem não achou isso engraçadinho e não se encantou?
E isto? É para edificar a infância? Que sorte que banco vende dinheiro, não biscoito.
Também há esta:
Se os irmãos conseguirem emplacar as suas teses, as crianças, devidamente estatizadas, poderão depois ser privatizadas pelo Itaú. Fico mais tranquilo ao saber que a Alana quer proibir a associação de crianças a produtos não saudáveis, mas que considera muito sensato que sejam associadas a bancos. Ah, sim: isso é uma ironia.
Essa turma divulga ainda uma tradução porca de uma lista das 10 estratégias da “mídia” para enganar os trouxas, segundo uma compilação de algumas, digamos, sacadas de Noam Chomsky, o socialista socialite do MIT. O texto em inglês está aqui. Numa língua que lembra o português, os valentes mandam brasa:
“Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…”
Ui!!! Que medo dessa mídia manipuladora!!!
Quando vi aquele bebezinho rindo com o papel rasgado, fiquei feliz de escolher o meu banco pautado por critérios puramente racionais: se um bebê ri quando ouve o som de um papel rasgado, é evidente que estamos diante da melhor opção! É o triunfo da razão pura!
24 de janeiro de 2013
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