A presidente Dilma anunciou, em cadeia nacional, o desconto na conta de luz prometido antes das eleições municipais. O anúncio vem acompanhado da negação da possibilidade de racionamento de energia elétrica.
Note que os dois assuntos abordados são contraditórios: se existiu a perspectiva de racionamento, não é hora de baixar preços na marra, mas sim de rever o planejamento, para que a queda de preços seja consequência natural da concorrência e de uma oferta estável e adequada ao crescimento da demanda nacional.
Não se trata de ser contra a queda de preço da energia, muito pelo contrário.
O que defendemos é que o governo retome o planejamento para o setor, que parece ter sido abandonado nos últimos anos e substituído pelo objetivo principal de modicidade tarifária.
A falta de planejamento leva à constante mudança no modelo para que possa ser adaptado às necessidades do momento, gerando instabilidade regulatória.
O resultado é queda nos investimentos, desequilíbrio, desabastecimento e piora na qualidade do serviço, e, no final, aumento de preços.
24 de janeiro de 2013
Adriano Pires, Globo Online
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