Como se sabe, Rose tem obrigação de comparecer ao cartório da 5ª Vara Federal Criminal de 15 em 15 dias. Logo na primeira apresentação, dia 7 de janeiro, houve tumulto e empurra-empurra entre jornalistas e seguranças.
O telefone celular de um repórter do jornal “O Estado de S. Paulo” chegou a ser tomado pelo marido de Rosemary, João Batista de Oliveira, que o acusou de fotografar indevidamente sua mulher.
A juíza Adriana Zanetti já havia proibido que se fizessem fotos dentro da Vara e os seguranças da Justiça Federal disseram à juíza que os jornalistas tentavam fotografar Rosemary sem permissão.
Após chamar uma representante do Ministério Público, a juíza redigiu uma advertência aos jornalistas sobre a proibição de fotos dentro da 5.ª Vara Criminal Federal.
“TRAUMATIZADA”
A cada 15 dias, Rosemary tem de se apresentar à 5ª Vara Criminal Federal e assinar no cartório um termo de comparecimento. O objetivo é dar ciência à Justiça de suas atividades, mostrando que não está se evadindo, porque está proibida de deixar o País.
O comentarista Adriano Magalhães nos informa que o Estadão, em reportagem de Fausto Macedo, explicou que continua em vigor a autorização da juíza Adriana Zanetti para Rose entrair e sair do fórum pela garage privativa dos juízes e evitar ser fotografada pela imprensa.
Segundo o Estadão, Rose alegou que estava “com trauma” da exposição a que vem sendo submetida desde a deflagração da Porto Seguro, em 23 de novembro. “Nenhum outro réu solicitou (a mesma condição de Rose)”, destacou a assessoria de imprensa da Justiça. “Esse foi o primeiro caso na 5.ª Vara Criminal Federal para garantir a ordem nas dependências do fórum.”
FAVORECIMENTO
O mais incrível é que, por causa de Rose, a Coordenadoria do Fórum Criminal editou a portaria 6/2013, em que determina que os jornalistas que tiverem interesse em fazer imagens na parte interior do fórum com câmera de vídeo, máquina fotográfica ou similares “devem requerer autorização prévia via petição aos respectivos juízos das varas”.
E pior ainda: a tal “portaria” prevê que qualquer juiz poderá solicitar “o isolamento temporário e extremamente necessário dos acessos e/ou passagens pelos corredores e halls das entradas principais e dos elevadores, com apoio da Seção de Segurança do Fórum e até de reforço policial, a fim de garantir e preservar a integridade física das partes envolvidas nos autos dos processos”.
Traduzindo tudo isso: a fiel companheira de viagens de Lula, acompanhada do também fiel marido, está mesmo sendo favorecida não só pela juiza Adriana Zanetti, mas também pela própria direção do Forum Criminal de São Paulo.
24 de janeiro de 2013
Carlos Newton
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