Acima e além das lantejoulas, confetes e serpentinas que sempre marcam essas
ocasiões, será hora de definirem questão vital, se possível para anúncio
público: o antecessor apóia mesmo a reeleição da sucessora ou ficarão em
preliminares que só fazem aumentar dúvidas?
Bastará que o Lula, depois da reunião, convoque a imprensa e, ao lado de Dilma, declare estar engajado na campanha pelo segundo mandato da presidente da República. Abraços e beijinhos protocolares, estará encerrado um capítulo delicado da novela da sucessão.
Haverá divisão e crise, qualquer que seja outra hipótese, desde o silêncio até a divulgação de informações por terceiros, sobre ter ficado a questão para o ano que vem, “apesar de ambos estarem unidos como nunca”. Porque a situação chegou ao limite do qual não há retorno.
Dilma percebeu a necessidade de botar a procissão na rua, ou seja, reconhecer sua candidatura, assumi-la e partir para iniciativas concretas, desde vestir o gibão de vaqueiro do Piauí até traçar o roteiro de viagens pelo país, anunciar medidas de recuperação da economia, da infraestrutura e, além de tudo, dialogar diretamente com a população, como fez ontem em cadeia nacional de rádio e televisão, buscando tranquilizar todo mundo com a perigosa afirmação de estar afastada a sombra dos apagões.
Se isso não é campanha, o que mais será? Sem esquecer a informação do governador Eduardo Campos sobre ter ouvido dela que disputará a reeleição.
Por que a presidente antecipou-se, depois de haver declarado que 2013 seria ano de administração, sem cogitações sucessórias?
Porque sentiu instável o compromisso antes repetido pelo Lula, sobre ser dela a vez de pleitear o segundo mandato.
Sinais não deixaram de ser dados, a começar pela campanha de razoáveis setores do PT para levar o ex-presidente a candidatar-se daqui a dois anos.
Isso e o silêncio dele diante das especulações dos companheiros, soma-se à sua intervenção cada vez maior no negócios do governo, externos e internos, envolvendo até a prefeitura de São Paulo.
Para culminar, a divulgação de sua nova caravana a percorrer o país, visitando obras por ele realizadas, sem ligação com as viagens de Dilma, sequer sugestões de reunirem os périplos.
A equação permanece inconclusa. Poderia estar resolvida amanhã, com a possibilidade acima exposta, de uma fotografia e uma declaração conjunta. Acontecerá?
PERSPECTIVAS DE CONFLITO
O mais provável seriam mísseis e petardos explodindo na Praça dos Três Poderes, estivesse o ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal, em vez do ministro Ricardo Lewandowski, durante o recesso em curso.
Porque o atual vice-presidente em exercício da mais alta corte nacional de Justiça deixou passar a veemente reprimenda do presidente do Congresso, José Sarney, diante do pedido de explicações do Supremo a respeito da omissão do Legislativo na votação de novas regras de distribuição do Fundo de Participação dos Estados.
Lewandowski dirigiu-se a Sarney, diante da reclamação da Bahia, Pernambuco, Minas e Maranhão, que exigiam providências do Judiciário. O ex-presidente da República, ao contrário de sua índole, reagiu de tacape e borduna em punho, sustentando não ter havido omissão inconstitucional e rejeitando a interferência do Judiciário em atividades típicas do Congresso.
Já imaginaram como teria sido a tréplica do Joaquim Barbosa?
ESQUECEU OS BEBÊS
Deveria ser condenado a prisão perpétua o ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, por haver sugerido que os idosos em seu país deveriam ser autorizados a se apressar e morrer para aliviar a pressão sobre as despesas do estado, que paga suas despesas médicas.
Digno de figurar entre os generais japoneses da Segunda Guerra Mundial condenados à forca, o indigitado ministro quer que os velhinhos se matem para equilibrar as finanças de seu governo.
Só faltou, mesmo, completar a sugestão recomendando o sacrifício dos bebês. Ou eles também não dão prejuízo?
Bastará que o Lula, depois da reunião, convoque a imprensa e, ao lado de Dilma, declare estar engajado na campanha pelo segundo mandato da presidente da República. Abraços e beijinhos protocolares, estará encerrado um capítulo delicado da novela da sucessão.
Haverá divisão e crise, qualquer que seja outra hipótese, desde o silêncio até a divulgação de informações por terceiros, sobre ter ficado a questão para o ano que vem, “apesar de ambos estarem unidos como nunca”. Porque a situação chegou ao limite do qual não há retorno.
Dilma percebeu a necessidade de botar a procissão na rua, ou seja, reconhecer sua candidatura, assumi-la e partir para iniciativas concretas, desde vestir o gibão de vaqueiro do Piauí até traçar o roteiro de viagens pelo país, anunciar medidas de recuperação da economia, da infraestrutura e, além de tudo, dialogar diretamente com a população, como fez ontem em cadeia nacional de rádio e televisão, buscando tranquilizar todo mundo com a perigosa afirmação de estar afastada a sombra dos apagões.
Se isso não é campanha, o que mais será? Sem esquecer a informação do governador Eduardo Campos sobre ter ouvido dela que disputará a reeleição.
Por que a presidente antecipou-se, depois de haver declarado que 2013 seria ano de administração, sem cogitações sucessórias?
Porque sentiu instável o compromisso antes repetido pelo Lula, sobre ser dela a vez de pleitear o segundo mandato.
Sinais não deixaram de ser dados, a começar pela campanha de razoáveis setores do PT para levar o ex-presidente a candidatar-se daqui a dois anos.
Isso e o silêncio dele diante das especulações dos companheiros, soma-se à sua intervenção cada vez maior no negócios do governo, externos e internos, envolvendo até a prefeitura de São Paulo.
Para culminar, a divulgação de sua nova caravana a percorrer o país, visitando obras por ele realizadas, sem ligação com as viagens de Dilma, sequer sugestões de reunirem os périplos.
A equação permanece inconclusa. Poderia estar resolvida amanhã, com a possibilidade acima exposta, de uma fotografia e uma declaração conjunta. Acontecerá?
PERSPECTIVAS DE CONFLITO
O mais provável seriam mísseis e petardos explodindo na Praça dos Três Poderes, estivesse o ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal, em vez do ministro Ricardo Lewandowski, durante o recesso em curso.
Porque o atual vice-presidente em exercício da mais alta corte nacional de Justiça deixou passar a veemente reprimenda do presidente do Congresso, José Sarney, diante do pedido de explicações do Supremo a respeito da omissão do Legislativo na votação de novas regras de distribuição do Fundo de Participação dos Estados.
Lewandowski dirigiu-se a Sarney, diante da reclamação da Bahia, Pernambuco, Minas e Maranhão, que exigiam providências do Judiciário. O ex-presidente da República, ao contrário de sua índole, reagiu de tacape e borduna em punho, sustentando não ter havido omissão inconstitucional e rejeitando a interferência do Judiciário em atividades típicas do Congresso.
Já imaginaram como teria sido a tréplica do Joaquim Barbosa?
ESQUECEU OS BEBÊS
Deveria ser condenado a prisão perpétua o ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, por haver sugerido que os idosos em seu país deveriam ser autorizados a se apressar e morrer para aliviar a pressão sobre as despesas do estado, que paga suas despesas médicas.
Digno de figurar entre os generais japoneses da Segunda Guerra Mundial condenados à forca, o indigitado ministro quer que os velhinhos se matem para equilibrar as finanças de seu governo.
Só faltou, mesmo, completar a sugestão recomendando o sacrifício dos bebês. Ou eles também não dão prejuízo?
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