Agora já sei: Frei Betto endossa a censura à publicidade de biscoito de aveia, mas é favorável à propaganda de drogas pesadas e mortíferas, como Fidel Castro e Raúl Castro, por exemplo. O notório amigo de dois assassinos em massa quer ajudar a regular o que nossas criancinhas podem ou não comer e o que pode e não pode ser veiculado na TV.
Pois é…
As coisas também têm cheiro, e eu me distraí um tanto. Mas não os leitores deste blog, que foram ver quem cuida da Alana, a tal ONG que quer impedir um setor importante da economia de anunciar na TV e no rádio.
De saída, noto que o comando da dita-cuja parece ser um empreendimento familiar: a presidente é a dona Ana Lucia de Mattos Barretto Villela, e um dos vices, o seu Alfredo Egydio Arruda Villela Filho. Seriam casados?
Pode ser! Nesse caso, eu os imagino lavando pratos — na hipótese de não haver, como disse Fernando Pessoa sobre o Rousseau, os “mordomos invisíveis que administram a casa” — e discutindo aquilo que podemos e não podemos ver na TV.
— Amor, você assistiu àquela propaganda sobre fralda descartável?
—Assisti, sim! Horrível!
—Percebeu o ar de satisfação do bebê e a cara de felicidade da mãe?
— Hã, hã…
—Alguém mexendo com cocô ou xixi faz aquela cara?
— Acho que não!
— Estão querendo enganar o consumidor.
— É. Estive pensando…
—Esteve?
— Sim…
— Veja bem, chegamos à luz elétrica, ao átomo e à Teoria da Relatividade sem fralda descartável. Cagar-se toda é parte da constituição da humanidade, né? Chegamos à caracterização das leis fundamentais da física com os bebês de traseiro sujo…
— É verdade! Não pode ter sido por acaso.
— Sócrates teve fralda descartável?
— Qual Sócrates? O do Corinthians?
— Não! Aquele que tinha uma mulher chata…
— Não, né?
— Não podemos tergiversar nessas coisas. Não se trata de pedir uma publicidade mais realista de fraldas. Esse produto precisa sair do mercado porque é um atentado à inteligência humana, à ciência e à filosofia.
— Adoro o seu jeito de pensar…
—Bobinho!
—Assisti, sim! Horrível!
—Percebeu o ar de satisfação do bebê e a cara de felicidade da mãe?
— Hã, hã…
—Alguém mexendo com cocô ou xixi faz aquela cara?
— Acho que não!
— Estão querendo enganar o consumidor.
— É. Estive pensando…
—Esteve?
— Sim…
— Veja bem, chegamos à luz elétrica, ao átomo e à Teoria da Relatividade sem fralda descartável. Cagar-se toda é parte da constituição da humanidade, né? Chegamos à caracterização das leis fundamentais da física com os bebês de traseiro sujo…
— É verdade! Não pode ter sido por acaso.
— Sócrates teve fralda descartável?
— Qual Sócrates? O do Corinthians?
— Não! Aquele que tinha uma mulher chata…
— Não, né?
— Não podemos tergiversar nessas coisas. Não se trata de pedir uma publicidade mais realista de fraldas. Esse produto precisa sair do mercado porque é um atentado à inteligência humana, à ciência e à filosofia.
— Adoro o seu jeito de pensar…
—Bobinho!
Frei Betto
Mas os leitores descobriram mais entrando na página da Alana. Três pessoas integram o Conselho Consultivo da ONG. Um deles é Carlos Alberto Libânio Christo, o tal Frei Betto. Agora já sei: Frei Betto endossa a censura à publicidade de biscoito de aveia, mas é favorável à propaganda de drogas pesadas e mortíferas, como Fidel Castro e Raúl Castro, por exemplo. O notório amigo de dois assassinos em massa quer ajudar a regular o que nossas criancinhas podem ou não comer e o que pode e não pode ser veiculado na TV.
Quem financia?
Não consegui saber quem financia a Alana. O grupo Votorantim patrocina uma tal“Banda Alana” (muito prazer, Banda Alana!). A turma tem benefício da Lei Rouanet, exibe o logotipo do governo federal e do grupo Votorantim, que atua na área de cimentos, metais, energia, siderurgia, celulose, agroindústria e finanças. Certamente não produz nada mais potencialmente perigoso à saúde da humanidade do que biscoito de chocolate e Big Mac.
25 de janeiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo - Veja Online
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