Não deu outra. O procurador-geral da República denunciou o senador Renan Calheiros por apresentar supostas notas fiscais frias, na tentativa de justificar os valores pagos a ex-amante a título de pensão alimentícia.
Renan se utilizou desse expediente porque ficou claro que sua renda como senador não comportava a quantia que pagava de pensão para uma filha fora do casamento.
Quando veio a público que um lobista de empreiteira era quem - na realidade - custeava as despesas da sua filha, Renan Calheiros se viu em apuros e a saída foi a de apresentar algumas notas sobre a venda de uma boiada.
No curso dos acontecimentos ficou evidente, à época, que não havia venda nenhuma de bois, tampouco que as notas apresentadas pelo senador tinham algum valor fiscal.
O faz-de-conta não pegou e Renan, depois da pressão de seus pares, da mídia e da sociedade civil, decidiu renunciar à presidência do Senado para não ter seu mandato cassado.
Foi por pouco, mas os votos dos seus colegas senadores permitiram que um suposto prevaricador continuasse dando as cartas no legislativo federal. Constrangidos, senadores petistas, que gostam de posar de vestais, votavam pela absolvição de Renan no processo de cassação.
Senado, como instituição, ficou totalmente exposto com as estripulias praticadas com o dinheiro público por um dos seus membros, aliás o mais importante deles que, em última análise, caberia substituir o presidente da República quando dos seus afastamentos.
Foi por pouco, mas os votos dos seus colegas senadores permitiram que um suposto prevaricador continuasse dando as cartas no legislativo federal. Constrangidos, senadores petistas, que gostam de posar de vestais, votavam pela absolvição de Renan no processo de cassação.
Senado, como instituição, ficou totalmente exposto com as estripulias praticadas com o dinheiro público por um dos seus membros, aliás o mais importante deles que, em última análise, caberia substituir o presidente da República quando dos seus afastamentos.
O ridículo da situação não poupou ninguém, pois jamais se imaginaria que partidos que passaram a vida toda pregando a ética na politica se locupletassem com a bandalheira, e que parlamentares se curvassem aos interesses mais mesquinhos da política brasileira.
Entenda-se esses interesses como sendo os do ex-presidente Lula, que por motivos inconfessáveis queria porque queria a absolvição de Renan Calheiros. Agora, com o término do mandato de Sarney, Renan apresenta-se, com um cinismo nunca visto antes, como candidato à sucessão de Joé Ribamar da Costa.
Desconheço maior deboche com o contribuinte brasileiro o que os senadores da República pretendem infligir aos homens de bem deste país.
Entenda-se esses interesses como sendo os do ex-presidente Lula, que por motivos inconfessáveis queria porque queria a absolvição de Renan Calheiros. Agora, com o término do mandato de Sarney, Renan apresenta-se, com um cinismo nunca visto antes, como candidato à sucessão de Joé Ribamar da Costa.
Desconheço maior deboche com o contribuinte brasileiro o que os senadores da República pretendem infligir aos homens de bem deste país.
Nada mais asqueroso do que o cidadão comum saber que aquele que se encontra na posição de terceiro na sucessão da presidente Dilma não passa de um denunciado pelo Ministério Público Federal por falcatruas, que está sendo acusado de receber propina de uma empreiteira com interesses na administração pública.
Está mais do que na hora de pedir ao povo organizado que dê um basta na podridão que tomou conta dos poderes. O lixo que se encontra nos entornos das relações políticas deste país tem que ser triturado, pois seria uma temeridade para a saúde pública levá-lo para a reciclagem.
Corre-se o risco de o Senado Federal se transformar num valhacouto de delinquentes, caso o povo não tome posições contra essa promiscuidade.
Está mais do que na hora de pedir ao povo organizado que dê um basta na podridão que tomou conta dos poderes. O lixo que se encontra nos entornos das relações políticas deste país tem que ser triturado, pois seria uma temeridade para a saúde pública levá-lo para a reciclagem.
Corre-se o risco de o Senado Federal se transformar num valhacouto de delinquentes, caso o povo não tome posições contra essa promiscuidade.
O senado não tem o direito de ser tolerante com esse estado de coisas.
O povo sofrido, aquele sem emprego, sem escola de qualidade e sem um sistema hospitalar decente merece, já que nada recebe do Estado, pelo menos um mínimo de respeito.
27 de janeiro de 2013Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós doutor em Direito e articulista colaborador deste blog.
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