Um jovem noviço chegou ao mosteiro e deram-lhe a tarefa de ajudar os outros monges a transcrever os antigos cânones e regras da Igreja.
Ele ficou surpreso ao ver que os monges faziam o seu trabalho a partir de cópias e não dos manuscritos originais.
Foi falar com o abade e explicou que, se alguém houvesse cometido um erro na primeira cópia, esse erro propagar-se-ia em todas as cópias posteriores.
O abade respondeu-lhe que há séculos copiavam da cópia anterior, mas que achava bem relevante a observação do noviço.
Na manhã seguinte, o abade desceu até as profundezas da caverna na cave do mosteiro, onde eram conservados os manuscritos e pergaminhos originais que não eram manuseados há muitos séculos.
Passou-se a manhã, a tarde e depois a noite, sem que o abade desse sinais de vida. Preocupado, o jovem noviço decidiu descer e ver o que tinha acontecido.
Encontrou o abade completamente descontrolado, com as vestes rasgadas, a bater com a cabeça ensanguentada nas veneráveis paredes do mosteiro.
Espantado, o jovem monge perguntou:
– Abade, o que aconteceu?
- Aaaaaaaahhhhhhhhhh!
CARIDADE!
CARIDADE!
Eram votos de “CARIDADE” que tínhamos de fazer.
E não de “CASTIDADE”!
27 de janeiro de 2013
Marc Aubert
(*) O nome da rosa.
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