"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 27 de janeiro de 2013

PARA O SENADOR PEDRO SIMON, CANDIDATURA DE RENAN CALHEIROS É DEBOCHE

 
Sem papas na língua, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), um dos parlamentares mais respeitados do Congresso, demonstra em apenas uma palavra seu enorme descontentamento com os rumos que os caciques do PMDB estão dando ao partido, evidenciados pela candidatura de Renan Calheiros (AL) à presidência do Senado.

Para ele, a volta do alagoano ao cargo - depois de renunciar por conta de denúncias diversas, "é um deboche":


"O Renan fez um acordo de renunciar à presidência do Senado para evitar sua cassassão em plenário. É um deboche, o acordo foi feito e agora ele volta como se nada tivesse acontecido?", questiona.

O próprio nome de Simon foi cogitado como uma candidatura alternativa, mas ele não aceitou o convite dos colegas da chamada ala independente. Tudo para evitar que sua posição crítica abrisse uma guerra interna no partido:

"Eu tenho muitas restrições à direção do PMDB, então minha candidatura poderia ser tomada como uma afronta. Nós não queremos isso, desjamos um nome que represente o novo momento da política brasileira. Tanto Pedro Taques (PDT-MT), quanto Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) representam isso".

Para ele, aliás, não existe a menor possibilidade de os dois disputarem a eleição, um deles deverá ceder a vez ao outro: "Eles vão se acertar", acredita o velho peemedebista autêntico.

27 de janeiro de 2013
Igor Mello,  Jornal do Brasil

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