"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 13 de janeiro de 2013

JOSÉ SERRA ENFRENTA RESISTÊNCIA À CANDIDATURA NO PPS

Apesar de o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), dizer que receberia o ex-governador José Serra (PSDB) “de braços abertos” caso ele queira se filiar ao partido, há uma ala que rejeita a hipótese de o tucano se tornar o candidato da legenda à Presidência em 2014.

A avaliação de alguns membros do PPS é a de que Serra, que já perdeu duas disputas ao Planalto, é um nome já desgastado.
 

 
“(José) Serra é um retrocesso do ponto de vista de uma política inovadora que o PPS está buscando”, disse o vereador de São Paulo Ricardo Young, para quem o tucano representa a “velha política”.
 
Ex-integrante do PV e ligado ao Movimento da Nova Política, da ex-senadora Marina Silva (sem partido), Young defende que o PPS coligue com um eventual novo partido de Marina ou participe da criação de uma nova legenda que agregue o grupo dela.
 
“PRETERIDO”
 
“O Serra acabou de sair de uma disputa presidencial. Não teria sentido ele ser preterido no PSDB e virar candidato do PPS”, disse o deputado federal Arnaldo Jordy (PA).
 
“Não há um projeto presidencial para o Serra dentro do partido”, afirma o vereador de Recife e ex-deputado federal Raul Jungmann.
 
Serra avalia trocar de partido para viabilizar sua candidatura à Presidência, já que a tendência é que o candidato do PSDB seja o senador Aécio Neves (MG).
 
Uma avaliação dentro do partido é que a transferência de José Serra seja uma bandeira pessoal de Roberto Freire, amigo do tucano. Freire nega, entretanto, que haja resistência ao nome do ex-governador. O deputado também afirma que a ida de Serra não deve ser condicionada à candidatura dele à Presidência, mas não descarta a hipótese.
 
Outras opções consideradas pelo PPS para 2014 são apoiar o próprio adversário interno de Serra, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), numa tentativa de rachar a base do governo Dilma Rousseff.

(Transcrito da Folha)

13 de janeiro de 2013
tribuna da internet

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