Caso pensando – Já está valendo em Cuba, desde esta segunda-feira (14), a flexibilização migratória que acaba com as restrições para viagens de cubanos ao exterior e para as visitas dos que emigraram após a revolução liderada pelo ditador Fidel Castro.
Encerrado o longo período de restrições, os cubanos poderão viajar para o exterior apenas com o passaporte e, se necessário, com o visto correspondente ao exigido pelo país de destino.
O governo comunista da ilha caribenha eliminou, com principal projeto de reforma do presidente Raúl Castro, as “permissões de saída” e “cartão branco”, até então necessários para sair do país. Foi eliminada também a necessidade da chamada “carta de convite”.
O projeto também amplia para 24 meses o período para que os cubanos permaneçam no exterior, sem a necessidade de renovações ou prorrogações.
Um dos objetivos do projeto do governo de Raúl castro é “normalizar as relações da emigração com sua pátria”, criando também condições favoráveis aos cubanos que estão no exterior. De tal modo, os cubanos que abandonaram o país viajar à ilha, podendo nela permanecer durante 90 dias sem prorrogações, prazo que aumenta para seis meses no caso de cubanos que têm permissão de residência no exterior (“PRE”).
A entrada em vigor da reforma migratória acontece no momento em que Cuba vive as incertezas decorrentes do incógnito estado de saúde de Hugo Chávez, o caudilho venezuelano que durante os últimos dez anos sustentou financeiramente a ditadura dos irmãos Castro.
O anúncio serve para mais uma vez para amenizar as críticas ao regime da ilha, além de reduzir as especulações que crescem a cada dia sobre a continuidade do chavismo na Venezuela. Essa combinação de fatos servirá para acalmar a parcela incauta da opinião pública que acredita em balões de ensaio de totalitaristas convictos.
Quem bem conhece os bastidores da ditadura cubana sabe que muitos dos dissidentes foram submetidos a situações tão degradantes que chegaram a morte, apenas porque discordavam do regime imposto por Fidel.
A reforma migratória prevê também o retorno dos chamados “ilegais”, inclusos nessa rubrica médicos e esportistas que abandonaram o país caribenho. Considerando que a reforma já está em vigor, que os irmãos Castro coloquem em liberdade os que tentaram deixar a ilha ilegalmente – era a única alternativa da extensa maioria – e faça valer o conceito do projeto de maior destaque do atual governo.
Isso não passa de uma jogada de marketing político costurada no decrépito politburo cubano, uma vez que Cuba precisa sobreviver de alguma maneira, sob pena de os donos do poder serem ejetados da ilha.
15 de janeiro de 2013
ucho.info
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