O “País rico é país sem pobreza” de dona Dilma, mãe do PAC, é um daqueles truísmos dignos do Livrinho Vermelho de Mao Tsetung.
As novas gerações ao menos só desligam os miolos diante de coisas que não entendem bem, como por exemplo tudo o mais que se esconde por tras da conversa da “internet livre”.
O poder daquele livrinho era muito mais impressionante.
Mesmo depois de traduzido e decifrado, o simples ato de agitar aquele objeto no ar fazia com que a capacidade de discernimento dos mais badalados intelectuais do Ocidente desaparecesse, como num apagão, e eles passassem, babando, a exigir a continuação de genocídios em nome da defesa dos direitos humanos.
E no entanto, o tal livrinho era recheado de truísmos quase infantis, como esse do agrado de dona Dilma, quando não de frases sem nenhum sentido.
Truísmo, recorde-se, é aquilo que o professor Houaiss define como “uma verdade evidente por sí mesma“, uma “coisa tão óbvia que não precisa ser mencionada“, uma “banalidade“, uma “obviedade“.
Marisa Moreira Salles (sim, a mulher do dono do Unibanco) sacou uma bem mais sutil e inteligente no EU &, o caderno-de-fim de semana do jornal Valor na sexta-feira passada:
“País sem pobreza não é aquele em que o pobre anda de carro mas sim aquele em que o rico usa o transporte público” (se não foram essas as palavras exatas era esse o significado).
Síntese perfeita!
Agora, antes que este, educado e com uma infraestrutura decente que a Marisa quer, possa substituir o da Dilma que maquia a pobreza e a ignorância reinantes subsidiando o consumo de bugigangas, um outro Brasil teria de se impor, nem que seja por obra do Divino, cujo lema fosse assim:
“País rico é país onde corrupção dá cadeia“.
Pro da Marisa e o da Dilma juntos o dinheiro não chega.
Nunca!
15 de janeiro de 2013
vespeiro
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