Protesto também ocorreu, simultaneamente, em mais de 30 cidades no Brasil e cinco no exterior
Nem o forte calor desanimou os cariocas que foram às ruas para pedir o impeachment do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Neste domingo, cerca de duzentas pessoas com faixas, cartazes e máscaras protestaram na orla de Copacabana, exigindo a saída imediata do parlamentar.
A mobilização, organizada pelas redes sociais, aconteceu em mais de 30 cidades brasileiras - incluindo São Paulo e Brasília - e outras cinco no exterior como Dublin, na Irlanda, e Sidney, na Austrália.
Na semana passada, com caixas de papelões vazias que simbolizam as 1,6 milhões de assinaturas recolhidas na petição eletrônica, manifestantes foram recebidos por seis senadores em Brasília, que prometeram analisar o pedido de afastamento.
Os parlamentares prometeram analisar o documento para definir qual deve ser o seu encaminhamento na Casa, mas admitirem que não têm amparo legal para dar início ao processo de cassação.
— Esse é só o primeiro ato. O brasileiro tem que vir às ruas e cobrar mais transparência e ética dos governantes. É uma afronta à população ter um senhor como Renan Calheiros no comando do Senado — reclamou o estudante Felipe Fabrício, um dos organizadores da mobilização pelas redes sociais.
Populares aderiram a caminha que percorreu a orla de Copacabana do Posto 4 ao 2.
No protesto, os manifestantes cantavam a todo momento “ei, você aí! Avisa para o Renan que ele vai ter que sair”.
Em 2007, o parlamentar renunciou à presidência do Senado Federal após ser denunciado pela Procuradoria Geral da República por falsidade ideológica, uso de documentos falsos e peculato.
Em 1º de fevereiro de 2013, ele retornou à presidência da Casa. A partir desta data, em todo o país surgiram grupos pedindo a sua renúncia e a celeridade do julgamento das acusações.
24 de fevereiro de 2013
Renato Onofre - O Globo
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