O Brasil assistiu
ontem a mais um triste exemplo de que nosso modelo de Justiça precisa mudar
urgentemente, ou vamos consolidar o regime de barbarie e do vale tudo. Mais uma
vez, um réu em um crime de grande repercussão é condenado a uma pena alta (33
anos e 9 meses de prisão), mas poderá recorrer da sentença em
liberdade.
É de matar o Papa
de vergonha o caso do ex-seminarista Gil Graco Rugai, de 29 anos, que assassinou
o pai, Luis Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, em 28 de
março de 2004, na Zona Oeste de São Paulo. Ele matou, mas saiu soltinho ontem do
Fórum da Barra Funda. Para a opinião pública, ficou novamente a impressão de que
o crime compensa. O mérito de um dos recursos da defesa dele precisa ainda ser
analisado pelo STF...
Outro exemplo
hediondo de atentado mortal contra o Estado de Direito. O Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado denunciou o influente desembargador
Pedro Luiz Ricardo Gagliardi, já aposentado, que atuou na sessão criminal do
Tribunal de Justiça de São Paulo e ocupou o cargo de Grão-Mestre da Grande Loja
Maçônica do Estado de São Paulo - maior instituição maçônica da América
Latina.
O magistrado é
acusado de falsificação de documento e falsidade ideológica para mudar o
resultado de um julgamento ocorrido 52 anos atrás. A reviravolta poderia render
R$ 5 milhões em indenização aos familiares de um já falecido ex-guarda civil
Manoel Henrique Queiroz – condenado por ato obsceno contra uma menina de 11
anos, dentro de um ônibus.
O MPE denunciou
que o maçom-desembargador Gagliardi "inseriu ou fez inserir declaração falsa ou
diversa da que deveria ser escrita em folha de rosto de acórdão, documento
público com o fim de criar obrigação e alterar a verdade sobre fato jurídico
relevantes". A Procuradoria de Justiça decidiu enviar cópia do caso para a
Promotoria de Defesa do Patrimônio Público para tentar cassar a aposentadoria do
réu. O maçom Gagliardi nega tudo. E promete entrar com habeas corpus para
trancar a ação.
Por essas e
outras que o ilustre José Dirceu, condenado a 10 anos e 10 meses e prisão no
Mensalão, aproveita os momentos de delírio em festança do PT para bravatear: “Eu
sou o PT e o PT somos nós! Quero ver qual vai ser o juizinho que terá coragem de
mandar prender a mim ou algum de nossos companheiros”. O líder revolucionário
Dirceu – garantindo que o Brasil já está definitivamente no rumo do socialismo –
certamente fará tal modalidade de “Justiça” ser implantada no novo regime. O
lema operacional da petralhada será: “Aos amigos, tudo. Aos inimigos, nem a
lei”.
O cardeal Dirceu,
o seminarista Rugai, o Grão-Maçom desembargador Gagliardi e tantos outros que
erram e passam impunes estão mais vivos que nunca no Brasil. Triste é que os
sobreviventes da impunidade não se juntam para protestar com eficácia e
eficiência, para mudar o quadro de impunidade e injustiça para o de respeito,
disciplina e ordem democrática, com segurança do Direito e
Ética.
Não podemos ser
coniventes com a evolução do Governo do Crime Organizado. Seus meliantes se
disfarçam de militantes e usam as ideologias (socialistas, comunistas, etc) para
iludir os otários, enquanto consolidam o poder capimunista – no qual os
oligopólios e os políticos parceiros usam e abusam dos esquemas estatais, dentro
e fora da lei, para ganhar cada vez mais dinheiro.
Quem reclama, de
verdade, no Brasil, já morreu? Parece que sim... Até quando a maioria inocente
será vítima da ditadura da ilegalidade e da imoralidade? Neste ritmo, por
omissão, acabaremos todos culpados pela impunidade. E sobreviveremos com a
ilusão de soltura dentro da gaiola da ditadura travestida de democracia
representativa.
Você tem vocação
para pinto no lixo, enquanto os bandidos matam nossa galinha dos ovos de ouro no
Brasil? Eu não tenho...
Vida que
segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
24 de fevereiro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista,
Radialista, Publicitário e Professor.
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