No caderno dos leitores no jornal O Globo de hoje, o leitor Jayme Ferrari foi direto ao ponto:
“O pastor Feliciano foi eleito com 200 mil votos e escolhido para a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Por que o escarcéu? Jamais votaria nele, mas me causa mais indignação os deputados João Paulo Cunha e José Genuíno, condenados a penas somadas de 17 anos de cadeia, integrarem a Comissão de Justiça (!) da Câmara. Cadê a militância barulhenta gritando contra esse absurdo? Cadê a UNE? E a turba “progressista”? Progressismo bom é dos amigos”.
Ninguém precisa ter um pingo de simpatia pelo pastor Feliciano (meu caso) para compreender o perigo que estamos vivendo.
Há uma minoria, uma patota muito organizada, que pensa que pode mandar no grito! São fascistas em potencial ou já formados. Não aceitam as regras do jogo, não toleram a democracia.
O jornalista Reinaldo Azevedo escreveu um importante artigo sobre o assunto, mostrando o desrespeito dessa gente ao Estado Democrático de Direito. São os “fascistas do bem”, e precisam ser contidos antes que seja tarde demais.
Não chama a atenção do prezado leitor o fato de que toda essa grita é voltada apenas para o pastor Feliciano, e não haja um único movimento organizado contra os petistas condenados no Congresso, ocupando comissões importantes como a de Justiça?
Se o leitor assinou aquela petição contra Renan Calheiros pela Avaaz, saiba que essa ONG, liderada por um esquerdista convicto, não faz campanha contra um único petista! Onde estão as petições pela prisão de Dirceu, pela derrubada de Genoíno e Cunha? Ninguém sabe, ninguém viu.
Atentai para este fato, estimado leitor! O duplo padrão “moral” é evidente. Há um grupelho minoritário, porém muito bem orquestrado e barulhento, que pretende solapar as instituições democráticas e governar no grito. Onde foi que já vimos isso antes? Sim, naquele nefasto regime: o fascismo!
25 de março de 2013
Rodrigo Constantino
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