O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou dizer que não cabe a um juiz polemizar com uma pessoa que condenou.
Fux foi um dos votos... favoráveis à condenação do ex-ministro José Dirceu, acusado de comandar a "sofisticada organização criminosa" que se valeu do mensalão para tentar se apoderar de parte do aparelho do Estado.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Dirceu contou que ainda era o chefe da Casa Civil da presidência da República quando foi procurado por Fux. Ele lhe pediu apoio para ser nomeado ministro do STF. Prometeu votar por sua absolvição.
É grave a acusação de Dirceu. Como ele não tem como prová-la, é sua palavra contra a palavra do ministro. Ou melhor: seria sua palavra contra a palavra do ministro caso Fux o tivesse desmentido.
Em que medida a toga estaria conspurcada se Fux tivesse se limitado a ditar: "Não é verdade o que diz o ex-ministro"? Imagino que em medida alguma.
Ao preferir o silêncio em tais circunstâncias, Fux só reforça a suspeita de que Dirceu disse a verdade.
11 de abril de 2013
in ricardo noblat
Nenhum comentário:
Postar um comentário