"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 9 de maio de 2013

NO PLANO B DE DILMA, QUAL A PARTE QUE CABERIA A EDUARDO CAMPOS NESSE LATIFÚNDIO ELEITORAL?

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Quando começaram os desentendimentos entre Luiz Inácio Lula da Silva (criador) e Dilma Rousseff (criatura) sobre a sucessão de 2014, ao mesmo tempo surgiram as primeiras especulações sobre a possibilidade de candidatura do governador pernambucano Eduardo Campos, pelo PSB. Mera coincidência, é claro. Ou não?

Na época, essas notícias nem eram levadas a sério, dizia-se que ele estava apenas “plantando”, para ver se colhia em 2018. Depois, os jornalistas passaram a achar que a candidatura dele é para valer. Mas será mesmo? Ou ele não estará apenas aumentando seu cacife para 2018?

Vamos aos fatos. Em novembro do ano passado, sem qualquer motivo extraordinário, Eduardo Campos passou a ser o governador que mais se reunia com a presidente Dilma, sem nenhum motivo razoável.

Foram três demorados encontros, em novembro, dezembro e janeiro. E curiosamente, depois da terceira reunião, o governador pernambucano deu declarações à imprensa, em 18 de janeiro, para afirmar que a presidente Dilma Rousseff lhe afirmara categoricamente que será candidata à reeleição.

“PORTA-VOZ DE DILMA”

Foi um procedimento que causou forte surpresa. De repente, não mais que de repente (como ensinava Vinicius de Moraes), um governador da base aliada se comporta como se fosse porta-voz da presidente da República? Muito estranho mesmo. E de lá para cá, a sucessão está nas ruas.

Setores do PT gostariam que o ex-presidente Lula fosse candidato em 2014, já que Dilma mantém uma relação distante com o partido. Essa opção também funciona como uma espécie de garantia caso algo vá mal no governo. E o próprio Lula se apresenta como alternativa nesse sentido, deixa isso bem claro, já deu várias declarações a respeito.

É óbvio que a presidente Dilma não confia em Lula e já está armando um Plano B, caso tenha de sair candidata por outro partido. Sua alternativa é voltar ao PDT, onde iniciou sua trajetória política. E nada impede que faça (ou até já tenha feito) um acordo com Eduardo Campos, trazendo o governador pernambucano como vice de sua chapa, sob o compromisso de apoiá-lo para presidente em 2018.

É uma possibilidade interessante, não há dúvida. Essa eleição está se tornando sensacional. Só falta Joaquim Barbosa sair candidato, para embolar tudo. Raciocinem sobre isso. As possibilidades ainda estão em aberto. E como sempre, tudo vai depender de Lua.

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