Afif confirma que continua vice-governador de SP, mas fica com salário de ministro
- Ele assume nesta quinta-feira a recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa e optou pelo vencimento de R$ 26,7 mil
BRASÍLIA e SÃO PAULO - O ministro da recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, que toma posse nesta quinta-feira no 39º ministério do governo da presidente Dilma Rousseff, confirmou que continuará vice-governador de São Paulo, mas que abriu mão do salário de R$ 19,6 mil, optando pelo vencimento de ministro de Estado, R$ 26,7 mil. Essa situação gera polêmica e questionamentos, e deve ser discutida na próxima reunião da Comissão de Ética Pública, marcada para o dia 20.
Conhecido por seus duros ataques ao PT e ao ex-presidente Lula, contra quem disputou a eleição de 1989, Afif minimizou as críticas aos desafetos e disse que não eram pessoais nem contumazes, mas pontuais. E até elogiou Lula por ter adotado, quando presidente, uma de suas propostas, a da criação do Microempreendedor Individual (MEI).
— Sou um crítico pontual (do PT). Não sou um crítico pessoal ou institucional. Eu apoio o que está certo e critico o que está errado — disse ele em entrevista ao GLOBO, acrescentando que há “confluência de afinidade programática” entre o governo que passa a defender e sua atuação profissional ao longo da vida.
— Sempre reconheci que Lula me recebeu (no Planalto), e adotou a proposta do MEI. E sempre reconheci que os governos do PT se esforçaram para pôr em prática políticas que beneficiem os micro e pequenos empresários.
O novo ministro vê com normalidade o fato de a Comissão de Ética da Presidência analisar se ele não incorre em quebra do decoro por acumular duas funções públicas. Para Afif, é bom que haja essa análise por parte da Comissão para esclarecer e abrir uma jurisprudência.
— Acho muito bom para efeito esclarecedor dos pontos controversos de uma matéria inédita, que não tem disciplina legal. Estou contribuindo para que esses fatos possam ser esclarecidos — disse.
Apoio à reeleição de Dilma
Ele justifica que não pensa em abrir mão ou se licenciar da vice-governadoria, para o qual foi eleito por uma aliança com o PSDB, que venceu o PT em São Paulo. Nesta quarta-feira, ele encaminhou ofício ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) pedindo exoneração da função de presidente do Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas. Os dois estão rompidos desde que Afif deixou o DEM e ajudou a fundar o PSD.
Afif, como já fizera seu partido, o PSD, fez questão de dizer que aceitou o convite para ser ministro porque o pedido foi feito a ele, pessoalmente, e não ao partido. Mesmo assim, defendeu o apoio de sua legenda à reeleição de Dilma e, caso ela seja reeleita, que o PSD passe a fazer parte da administração de forma institucional. Nesta quarta-feira, o líder do PSD na Câmara, Eduardo Sciarra (PR), reafirmou a disposição de sua bancada de atuar de forma independente.
— O partido não foi para o ministério, quem foi para o ministério foi um membro do partido e (Gilberto) Kassab já tinha dito, objetivamente, com todo respeito, que o partido não integraria oficialmente o ministério — disse o líder.
Sobre a nova Pasta, Afif afirmou que tem como meta principal reduzir ou abolir as burocracias que dificultam a abertura e o fechamento de micro e pequenas empresas no país. Para ele, a Secretaria que dirigirá terá como função coordenar políticas para facilitar a vida dos empreendedores e pequenos empresários. Ele imagina uma estrutura enxuta e articulada, e afirmou que a Secretaria terá no Sebrae o braço executor dos programas.
Conhecido por seus duros ataques ao PT e ao ex-presidente Lula, contra quem disputou a eleição de 1989, Afif minimizou as críticas aos desafetos e disse que não eram pessoais nem contumazes, mas pontuais. E até elogiou Lula por ter adotado, quando presidente, uma de suas propostas, a da criação do Microempreendedor Individual (MEI).
— Sou um crítico pontual (do PT). Não sou um crítico pessoal ou institucional. Eu apoio o que está certo e critico o que está errado — disse ele em entrevista ao GLOBO, acrescentando que há “confluência de afinidade programática” entre o governo que passa a defender e sua atuação profissional ao longo da vida.
— Sempre reconheci que Lula me recebeu (no Planalto), e adotou a proposta do MEI. E sempre reconheci que os governos do PT se esforçaram para pôr em prática políticas que beneficiem os micro e pequenos empresários.
O novo ministro vê com normalidade o fato de a Comissão de Ética da Presidência analisar se ele não incorre em quebra do decoro por acumular duas funções públicas. Para Afif, é bom que haja essa análise por parte da Comissão para esclarecer e abrir uma jurisprudência.
— Acho muito bom para efeito esclarecedor dos pontos controversos de uma matéria inédita, que não tem disciplina legal. Estou contribuindo para que esses fatos possam ser esclarecidos — disse.
Apoio à reeleição de Dilma
Ele justifica que não pensa em abrir mão ou se licenciar da vice-governadoria, para o qual foi eleito por uma aliança com o PSDB, que venceu o PT em São Paulo. Nesta quarta-feira, ele encaminhou ofício ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) pedindo exoneração da função de presidente do Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas. Os dois estão rompidos desde que Afif deixou o DEM e ajudou a fundar o PSD.
Afif, como já fizera seu partido, o PSD, fez questão de dizer que aceitou o convite para ser ministro porque o pedido foi feito a ele, pessoalmente, e não ao partido. Mesmo assim, defendeu o apoio de sua legenda à reeleição de Dilma e, caso ela seja reeleita, que o PSD passe a fazer parte da administração de forma institucional. Nesta quarta-feira, o líder do PSD na Câmara, Eduardo Sciarra (PR), reafirmou a disposição de sua bancada de atuar de forma independente.
— O partido não foi para o ministério, quem foi para o ministério foi um membro do partido e (Gilberto) Kassab já tinha dito, objetivamente, com todo respeito, que o partido não integraria oficialmente o ministério — disse o líder.
Sobre a nova Pasta, Afif afirmou que tem como meta principal reduzir ou abolir as burocracias que dificultam a abertura e o fechamento de micro e pequenas empresas no país. Para ele, a Secretaria que dirigirá terá como função coordenar políticas para facilitar a vida dos empreendedores e pequenos empresários. Ele imagina uma estrutura enxuta e articulada, e afirmou que a Secretaria terá no Sebrae o braço executor dos programas.
09 de maio de 2013
Chico de Góis e Sérgio Roxo, O Globo
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