O número oficial, entretanto, diverge de outras contagens.
Médicos em um hospital de campanha no distrito de Cidade de Nasser, centro de protestos a favor de Mursi, relataram à rede de televisão al-Jazeera que o número de vítimas chega a 120.
Enquanto isso, Ahmed Aref, porta-voz da Irmandade Muçulmana, aliada de Mursi, afirmou que 66 pessoas morreram, 61 estão “clinicamente mortas”, e outras 4.500 encontram-se feridas. Mais cedo, o próprio grupo afirmara que a cifra podia passar de 200.
De acordo com Gehad al-Haddad, porta-voz da Irmandade, os confrontos foram iniciados antes da primeira oração do dia, por volta das 4h (23h de sexta-feira no horário de Brasília). Milhares de islâmicos que faziam vigília em uma mesquita no bairro de Medina Náser tentaram bloquear a ponte Seis de Outubro, uma das principais do Cairo e que atravessa o Rio Nilo, o que levou a uma reação da polícia.
- Eles não estão atirando para ferir, estão atirando para matar – disse
al-Haddad.
Não há ainda versão oficial detalhada de eventos, mas as autoridades dizem que eles usaram apenas gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. No entanto, fontes do hospital confirmaram que a maioria das vítimas morreu de ferimentos de bala.
De acordo com várias testemunhas, a batalha era claramente desigual, a polícia com armas de fogo, enquanto a maioria dos manifestantes estavam armados apenas com paus e pedras.
27 de julho de 2013
Deu em O Globo
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