Os juros vão aumentar até chegarem a quase 10%, ruim para o país, festa permanente para os bancos.
Obama completa 6 meses do segundo mandato. Em 5 questões de grande repercussão, faltou com a credibilidade em 4.
Nenhum chefe de Estado tem a receptividade do Papa.
Decepção, frustração, alienação, negação do passado e até mesmo do realizado no primeiro mandato. Agora, quando completa exatamente 6 meses do segundo mandato, se envolveu em 5 questões de repercussão nacional e internacional, em 4 delas de forma negativa, atingindo o bom senso e a credibilidade. É evidente que esse personagem se chama Barack Obama, e é o presidente dos EUA.
Quando foi aprovada a emenda 24, em 1952, restringindo os mandatos presidenciais apenas a 2 e impedindo a ocupação de qualquer outro cargo, eleito ou nomeado, comentaristas disseram: “O segundo mandato presidencial será exercido sem maior entusiasmo, até mesmo com displicência”.
É possível que Obama esteja sofrendo dessa falta de objetivo visível e desejável, embora seu primeiro mandato, não criticável, não tenha sido o que se esperava, e até mesmo o que prometera e garantira. (Está aí Bill Clinton, com 8 anos de um excelente governo, “obrigado” a ganhar dinheiro, com muitos pagando fortunas para ouvi-lo. Até cadeias de televisão famosas nos EUA e no resto do mundo compram a “voz” de Clinton para garantir audiência.
Mas desperdiçar prestígio pessoal e do país, em 5 oportunidades, passados apenas 6 meses, precisa mais do que uma simples explicação, ou a utilização da palavra equívoco. Vamos examinar os 5 fatos, na ordem que surgiram, deixando bem claro quanto eu lamento a posição de Obama em todos eles.
O ESPIÃO OBAMA
1 – A revelação de que o governo dos EUA “espionava” o mundo todo, utilizando o formidável poder da tecnologia que acumulara. Foi revelado que a América Latina e a União Europeia tiveram sua privacidade devassada não só por satélites, mas por muitas outras formas conhecidas ou não ostensivas.
O HERÓI CONTRA A ESPIONAGEM
2 – Um jovem de 29 anos, ex- analista da Agência Nacional de Segurança (NSA), por pura convicção, revelou os documentos, “infernizou” a própria vida. Imediatamente Obama chamou-o de “traidor” e passou a persegui-lo com a mesma falta de constrangimento com que atraiçoara os países amigos.
PRESSÃO CONTRA O ASILO
Snowden não traíra o país, não vendeu documentos, fez o que considerava seu dever. Ameaçado de condenação a prisão perpétua, teve que se esconder em vários países, com Obama atrás dele, pressionando países para não lhe darem asilo e a Rússia para não lhe conceder salvo-conduto.
3 – Com esse caso, lembro logo de Daniel Ellsberg (cuja história contei aqui), que revelou e publicou os “Documentos do Pentágono” (e contribuiu para o fim da Guerra do Vietnã), com isso, ameaçado, acusado igualmente de traição, e levado a julgamento perante a Corte Suprema dos EUA.
Ellsberg compareceu ao próprio julgamento, e não só ele, mas quase toda a comunidade de informação considerava que seria condenado.
Só que a Corte Suprema , também sem surpresa, inocentou o técnico-especialista, decidiu: “Ele não é traidor, ao contrário, prestou relevante serviço ao país”. Foi uma festa de democracia. Ellsberg solto, os direitos individuais, consagrados.
4 – Nesses 6 meses, único ponto a favor de Obama. O assassino de um jovem negro foi julgado e absolvido por lei absurda e criminosa. Obama deu entrevista coletiva dizendo textualmente: “Esse poderia ter sido eu há 35 anos, antes de ser senador”.
Merece todos os elogios, mas deveria ter tomado alguma providência para que houvesse novo julgamento, e essa lei não existisse mais.
ATENTADO ÀS FONTES DE INFORMAÇÃO
5 – Agora, insensato, o presidente dos EUA investe contra o sigilo às fontes de informação, sem o qual ninguém saberia ou saberá de coisa alguma. Obama rasga a própria Constituição dos EUA e se joga contra o pensamento dos “pais fundadores”, como foram chamados os grandes personagens da primeira e única Constituição dos EUA.
Sendo complementada depois de promulgada, ganhou a Primeira Emenda, reverenciada e respeitada no mundo inteiro, principalmente na questão da liberdade de Imprensa. Espantosamente, Obama teve o apoio da Justiça, a ação chegará à Suprema Corte, e o direito à informação e ao sigilo será restabelecido.
PS – O Brasil e mais 47 países assinaram a Ata de Chapaltepec, de garantia do sigilo às fontes de informação.
PS2 – Em 1963 (antes do golpe), fui preso e julgado pelo Supremo, pelo fato de ter publicado um documento do ministro da Guerra, que ele mesmo colocou no envelope: “Sigiloso e confidencial”.
PS3 – No mesmo dia, preso e incomunicável, meus advogados (Sobral Pinto, Adauto Cardoso, Prado Kelly, Prudente de Moraes neto) entraram com habeas corpus no Supremo. Não fui libertado, mas julgado pelo Supremo, único jornalista JULGADO pelo Supremo em toda a História da República.
PS4 – O julgamento ficou empatado em 4 a 4, o bravo presidente do Supremo, Ribeiro da Costa, desempatou a meu favor. Mas podia desempatar contra.
PS5 – Quando fui libertado, o Millôr escreveu, não como meu irmão, mas pela própria formação: “Jornalista que não publica circular sigilosa e confidencial, deve abrir um supermercado”.
PS6 – Ninguém me pediu para indicar a fonte, nem eu indicaria. Nem precisava. A fonte, uma grande personalidade, deu entrevista coletiva, foi claro e simples: “Quem deu o documento ao jornalista Helio Fernandes fui eu”.
ATÉ ONDE CHEGARÃO OS JUROS
Todos os economistas, oficiais ou oficiosos (os que servem aos bancos) desta vez vão acertar coletivamente. No final deste 2013, esses polêmicos juros estarão perto de 10 por cento, no mínimo, no mínimo em 9,50%. Essa certeza vem da afirmação de todo o Banco Central: “Sem aumento de juros, o que vai crescer é a inflação”.
DUAS CITAÇÕES INDISPENSÁVEIS
FHC elevou os juros até 44 por cento, verdadeiramente inacreditável. Quem investisse em títulos públicos, digamos 1 milhão de reais, em 2 anos já teria recuperado o investimento, tudo então seria lucro. Passou o governo a Lula, com os juros em 25 por cento.
DO PROFESSOR (DITADOR) SALAZAR PARA JUSCELINO
Quando viajou pelo mundo como presidente eleito e ainda não empossado, levou apenas 4 pessoas. Uma delas, este repórter. Me convidou pelo fato de eu ter dirigido a Comunicação de sua campanha, sem receber nada. Não havia dinheiro nem para combustível.
Aceitei, lógico, mas disse a JK: “Presidente, vou viajar como jornalista, quero estar sempre ao seu lado, onde o senhor estiver estará a notícia”. Ele riu e concordou.
Em Portugal, fomos recebidos numa bela festa pelo primeiro-ministro (ditador) Oliveira Salazar. Inesperadamente, naquele jardim lindíssimo, JK e Salazar (e eu ao lado) ficaram sozinhos, ele aconselhou: “Presidente, se o senhor quiser governar o mandato inteiro, cuidado com a inflação e não faça reforma cambial”.
Foram chegando pessoas, o diálogo foi interrompido. No carro, preocupado, JK me perguntou: “Helio, o que ele quis dizer?” . E eu: “Presidente, ele é um ditador, mas antes disso era respeitado professor de Finanças da Universidade de Coimbra”. E acrescentei: “Em 1928, ele era ministro das Finanças do presidente, general Carmona. Em 1930 derrubaria o presidente e já está no poder há 25 anos”.
###
PS – O avião com o Papa chegou 15 minutos adiantado. O Papa desceu as escadas do avião quase correndo, forma física notável. Esperando-o na pista a presidente Dilma, que foi apresentando a sua comitiva.
PS2 – “Este é o Ministro Mercadante, que já foi derrotado duas vezes para governador de SP, quer a terceira”.
PS3 – “Este é o Sérgio Cabral, governador do Estado do Rio, não consegue sair de casa por causa dos protestos. Em homenagem ao senhor, deram uma trégua a ele”.
PS4 – “Vou lhe apresentar meu vice, Michel Temer, quer beijar sua mão, o que o senhor acha? “O Papa concordou, Temer se abaixou, de forma subserviente, como sempre.
PS5 – Dona Marta Suplicy atravessou a faixa, um guarda queria impedi-la. Dona Dilma não deixou, apresentou-a: “Dona Marta, Ministra da Cultura, derrotada duas vezes para prefeita, quer ser derrotada para o governo”.
PS6 – Dom Orani Tempesta se aproximou, Dona Dilma ia dizer alguma coisa, o Papa falou: “Esse eu conheço, vai ser o primeiro Cardeal brasileiro promovido por mim”. E acrescentou, provocando risos: “Se ele aceitar”. O Papa exibe o bom humor e a simplicidade de sempre.
PS7 – Muitos políticos, o Papa não falou com nenhum. Comentadíssimo, Dona Dilma não apresentou o prefeito do Rio. Por quê?
PS8 – O Papa entrou no carro fechado, Dona Dilma fez o gesto de segui-lo, mas o transporte era exclusivo para ele. Que vexame para ela.
PS9 – O vice de Cabral estava, não foi apresentado, como dizer ao Papa, que fala português: “Este é o Pezão”.
PS10 – A primeira parada do Papa foi na belíssima Catedral Metropolitana, no fim da Rua do Lavradio, a cem metros da Tribuna da Imprensa. O Jornal não pôde esperá-lo aberto, ele conhece a história, resistiu a uma ditadura de 7 anos, a Tribuna, a outra de 21 anos.
PS11 – O trajeto foi muito mal planejado, jogando o carro do Papa em lugares de congestionamento, principalmente de pessoas. E aumentando a responsabilidade dos seguranças de fora do carro. Estes não podem ser agressivos nem omissos.
PS12 – Em nenhum momento, o Papa fechou as janelas do carro, beijou crianças. Exatamente às 5 horas, saltou do carro fechado e entrou no papamóvel. Impressionante, sempre alegre.
PS13 – O Papa passou em frente à Petrobras, podia ter abençoado o prédio, a empresa, Dona Graça, servindo indiretamente ao povo, que tem ações do FGTS-Petro.
PS14 – Na Avenida Rio Branco, o Papa via mães com crianças, pedia para irem até ele, beijava-as. Essa mãe jamais esquecerá o fato.
PS15 – O Papa não saltou na Rio Branco, como as autoridades se assustavam. Depois foi para o Guanabara, 2 horas no Rio, sucesso total. Nenhum chefe de Estado tem a receptividade do Papa.
Obama completa 6 meses do segundo mandato. Em 5 questões de grande repercussão, faltou com a credibilidade em 4.
Nenhum chefe de Estado tem a receptividade do Papa.
Decepção, frustração, alienação, negação do passado e até mesmo do realizado no primeiro mandato. Agora, quando completa exatamente 6 meses do segundo mandato, se envolveu em 5 questões de repercussão nacional e internacional, em 4 delas de forma negativa, atingindo o bom senso e a credibilidade. É evidente que esse personagem se chama Barack Obama, e é o presidente dos EUA.
Quando foi aprovada a emenda 24, em 1952, restringindo os mandatos presidenciais apenas a 2 e impedindo a ocupação de qualquer outro cargo, eleito ou nomeado, comentaristas disseram: “O segundo mandato presidencial será exercido sem maior entusiasmo, até mesmo com displicência”.
É possível que Obama esteja sofrendo dessa falta de objetivo visível e desejável, embora seu primeiro mandato, não criticável, não tenha sido o que se esperava, e até mesmo o que prometera e garantira. (Está aí Bill Clinton, com 8 anos de um excelente governo, “obrigado” a ganhar dinheiro, com muitos pagando fortunas para ouvi-lo. Até cadeias de televisão famosas nos EUA e no resto do mundo compram a “voz” de Clinton para garantir audiência.
Mas desperdiçar prestígio pessoal e do país, em 5 oportunidades, passados apenas 6 meses, precisa mais do que uma simples explicação, ou a utilização da palavra equívoco. Vamos examinar os 5 fatos, na ordem que surgiram, deixando bem claro quanto eu lamento a posição de Obama em todos eles.
O ESPIÃO OBAMA
1 – A revelação de que o governo dos EUA “espionava” o mundo todo, utilizando o formidável poder da tecnologia que acumulara. Foi revelado que a América Latina e a União Europeia tiveram sua privacidade devassada não só por satélites, mas por muitas outras formas conhecidas ou não ostensivas.
O HERÓI CONTRA A ESPIONAGEM
2 – Um jovem de 29 anos, ex-
PRESSÃO CONTRA O ASILO
Snowden não traíra o país, não vendeu documentos, fez o que considerava seu dever. Ameaçado de condenação a prisão perpétua, teve que se esconder em vários países, com Obama atrás dele, pressionando países para não lhe darem asilo e a Rússia para não lhe conceder salvo-conduto.
3 – Com esse caso, lembro logo de Daniel Ellsberg (cuja história contei aqui), que revelou e publicou os “Documentos do Pentágono” (e contribuiu para o fim da Guerra do Vietnã), com isso, ameaçado, acusado igualmente de traição, e levado a julgamento perante a Corte Suprema dos EUA.
Ellsberg compareceu ao próprio julgamento, e não só ele, mas quase toda a comunidade de informação considerava que seria condenado.
Só que a Corte Suprema , também sem surpresa, inocentou o técnico-especialista, decidiu: “Ele não é traidor, ao contrário, prestou relevante serviço ao país”. Foi uma festa de democracia. Ellsberg solto, os direitos individuais, consagrados.
4 – Nesses 6 meses, único ponto a favor de Obama. O assassino de um jovem negro foi julgado e absolvido por lei absurda e criminosa. Obama deu entrevista coletiva dizendo textualmente: “Esse poderia ter sido eu há 35 anos, antes de ser senador”.
Merece todos os elogios, mas deveria ter tomado alguma providência para que houvesse novo julgamento, e essa lei não existisse mais.
ATENTADO ÀS FONTES DE INFORMAÇÃO
5 – Agora, insensato, o presidente dos EUA investe contra o sigilo às fontes de informação, sem o qual ninguém saberia ou saberá de coisa alguma. Obama rasga a própria Constituição dos EUA e se joga contra o pensamento dos “pais fundadores”, como foram chamados os grandes personagens da primeira e única Constituição dos EUA.
Sendo complementada depois de promulgada, ganhou a Primeira Emenda, reverenciada e respeitada no mundo inteiro, principalmente na questão da liberdade de Imprensa. Espantosamente, Obama teve o apoio da Justiça, a ação chegará à Suprema Corte, e o direito à informação e ao sigilo será restabelecido.
PS – O Brasil e mais 47 países assinaram a Ata de Chapaltepec, de garantia do sigilo às fontes de informação.
PS2 – Em 1963 (antes do golpe), fui preso e julgado pelo Supremo, pelo fato de ter publicado um documento do ministro da Guerra, que ele mesmo colocou no envelope: “Sigiloso e confidencial”.
PS3 – No mesmo dia, preso e incomunicável, meus advogados (Sobral Pinto, Adauto Cardoso, Prado Kelly, Prudente de Moraes neto) entraram com habeas corpus no Supremo. Não fui libertado, mas julgado pelo Supremo, único jornalista JULGADO pelo Supremo em toda a História da República.
PS4 – O julgamento ficou empatado em 4 a 4, o bravo presidente do Supremo, Ribeiro da Costa, desempatou a meu favor. Mas podia desempatar contra.
PS5 – Quando fui libertado, o Millôr escreveu, não como meu irmão, mas pela própria formação: “Jornalista que não publica circular sigilosa e confidencial, deve abrir um supermercado”.
PS6 – Ninguém me pediu para indicar a fonte, nem eu indicaria. Nem precisava. A fonte, uma grande personalidade, deu entrevista coletiva, foi claro e simples: “Quem deu o documento ao jornalista Helio Fernandes fui eu”.
ATÉ ONDE CHEGARÃO OS JUROS
Todos os economistas, oficiais ou oficiosos (os que servem aos bancos) desta vez vão acertar coletivamente. No final deste 2013, esses polêmicos juros estarão perto de 10 por cento, no mínimo, no mínimo em 9,50%. Essa certeza vem da afirmação de todo o Banco Central: “Sem aumento de juros, o que vai crescer é a inflação”.
DUAS CITAÇÕES INDISPENSÁVEIS
FHC elevou os juros até 44 por cento, verdadeiramente inacreditável. Quem investisse em títulos públicos, digamos 1 milhão de reais, em 2 anos já teria recuperado o investimento, tudo então seria lucro. Passou o governo a Lula, com os juros em 25 por cento.
DO PROFESSOR (DITADOR) SALAZAR PARA JUSCELINO
Quando viajou pelo mundo como presidente eleito e ainda não empossado, levou apenas 4 pessoas. Uma delas, este repórter. Me convidou pelo fato de eu ter dirigido a Comunicação de sua campanha, sem receber nada. Não havia dinheiro nem para combustível.
Aceitei, lógico, mas disse a JK: “Presidente, vou viajar como jornalista, quero estar sempre ao seu lado, onde o senhor estiver estará a notícia”. Ele riu e concordou.
Em Portugal, fomos recebidos numa bela festa pelo primeiro-ministro (ditador) Oliveira Salazar. Inesperadamente, naquele jardim lindíssimo, JK e Salazar (e eu ao lado) ficaram sozinhos, ele aconselhou: “Presidente, se o senhor quiser governar o mandato inteiro, cuidado com a inflação e não faça reforma cambial”.
Foram chegando pessoas, o diálogo foi interrompido. No carro, preocupado, JK me perguntou: “Helio, o que ele quis dizer?” . E eu: “Presidente, ele é um ditador, mas antes disso era respeitado professor de Finanças da Universidade de Coimbra”. E acrescentei: “Em 1928, ele era ministro das Finanças do presidente, general Carmona. Em 1930 derrubaria o presidente e já está no poder há 25 anos”.
###
PS – O avião com o Papa chegou 15 minutos adiantado. O Papa desceu as escadas do avião quase correndo, forma física notável. Esperando-o na pista a presidente Dilma, que foi apresentando a sua comitiva.
PS2 – “Este é o Ministro Mercadante, que já foi derrotado duas vezes para governador de SP, quer a terceira”.
PS3 – “Este é o Sérgio Cabral, governador do Estado do Rio, não consegue sair de casa por causa dos protestos. Em homenagem ao senhor, deram uma trégua a ele”.
PS4 – “Vou lhe apresentar meu vice, Michel Temer, quer beijar sua mão, o que o senhor acha? “O Papa concordou, Temer se abaixou, de forma subserviente, como sempre.
PS5 – Dona Marta Suplicy atravessou a faixa, um guarda queria impedi-la. Dona Dilma não deixou, apresentou-a: “Dona Marta, Ministra da Cultura, derrotada duas vezes para prefeita, quer ser derrotada para o governo”.
PS6 – Dom Orani Tempesta se aproximou, Dona Dilma ia dizer alguma coisa, o Papa falou: “Esse eu conheço, vai ser o primeiro Cardeal brasileiro promovido por mim”. E acrescentou, provocando risos: “Se ele aceitar”. O Papa exibe o bom humor e a simplicidade de sempre.
PS7 – Muitos políticos, o Papa não falou com nenhum. Comentadíssimo, Dona Dilma não apresentou o prefeito do Rio. Por quê?
PS8 – O Papa entrou no carro fechado, Dona Dilma fez o gesto de segui-lo, mas o transporte era exclusivo para ele. Que vexame para ela.
PS9 – O vice de Cabral estava, não foi apresentado, como dizer ao Papa, que fala português: “Este é o Pezão”.
PS10 – A primeira parada do Papa foi na belíssima Catedral Metropolitana, no fim da Rua do Lavradio, a cem metros da Tribuna da Imprensa. O Jornal não pôde esperá-lo aberto, ele conhece a história, resistiu a uma ditadura de 7 anos, a Tribuna, a outra de 21 anos.
PS11 – O trajeto foi muito mal planejado, jogando o carro do Papa em lugares de congestionamento, principalmente de pessoas. E aumentando a responsabilidade dos seguranças de fora do carro. Estes não podem ser agressivos nem omissos.
PS12 – Em nenhum momento, o Papa fechou as janelas do carro, beijou crianças. Exatamente às 5 horas, saltou do carro fechado e entrou no papamóvel. Impressionante, sempre alegre.
PS13 – O Papa passou em frente à Petrobras, podia ter abençoado o prédio, a empresa, Dona Graça, servindo indiretamente ao povo, que tem ações do FGTS-Petro.
PS14 – Na Avenida Rio Branco, o Papa via mães com crianças, pedia para irem até ele, beijava-as. Essa mãe jamais esquecerá o fato.
PS15 – O Papa não saltou na Rio Branco, como as autoridades se assustavam. Depois foi para o Guanabara, 2 horas no Rio, sucesso total. Nenhum chefe de Estado tem a receptividade do Papa.
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