Pois é. O PT, durante muitos anos, foi considerado pelo brasileiro como a salvação da lavoura devastada da política nacional.
Guardião da honra, da ética e da moralidade pública; dizia lutar ao lado do povo para fazer do Brasil um país melhor.
Hoje, mais de dez anos após chegar ao poder, o PT passou de salvação da lavoura política a quadrilha montada para alimentar as oligarquias, assaltar os cofres públicos e destruir conquistas duramente conseguidas.
Por mais que tenha valido a pena (para eles e seus comparsas) sua chegada ao poder; a perda do status de guardião da moralidade pública e da ética política nacional (aliada ao verdadeiro escárnio com que foram tratados pelo mesmo povo que juravam defender) acabou levando o PT a um ataque esquizofrênico e a uma fuga da realidade nunca antes vista na história “dessepaís”.
Agindo como um paciente em surto e dissociado da realidade o partido (em seu último encontro nacional) resolveu por a culpa dos desmandos que causou, das farsas que montou e das mamatas das quais participou ativamente nos aliados.
Sim. De repente, como se fôssemos catapultados para uma realidade alternativa, a culpa pelos enormes gastos improdutivos de dezenas de ministérios desnecessários, pela quase falência da PETROBRÁS, pela volta da inflação, pela corrupção sistêmica e por todas as mazelas da nação é “dos outros” e não do partido que tem o poder e escolheu fomentar e participar ativamente de tudo isso com “os outros”.
Além disso, depois de defender com unhas e dentes os mensaleiros e aproveitar para cuspir na cara da nação (faminta por um sopro de esperança no combate a corrupção) patrocinou e referendou a posse de criminosos condenados no Congresso Nacional.
Ainda não satisfeito, os colocou em postos de destaque e na condição de decidir o futuro de todo o arcabouço legal brasileiro, fazendo com que ocupassem o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Mas, julgando ser possível apagar tal afronta, divulgou que afastará “a todo custo” às mesmas figuras (outrora ilustres e protegidas) de sua direção geral (como se tal teatro não fosse claro e evidente).
Mas, a grande verdade, é que a “Virgem Vestal” do passado perdeu completamente a sua magia e a sua aura de pureza ao ser estuprada pela vilania, pela sede de poder e pela ganância de seus próprios seguidores; ficando impossibilitada para sempre de recuperar sua antiga majestade e o amor das massas.
Reduzido a um melancólico “mais do mesmo”, o PT perde relevância e carrega consigo o fantasma de um movimento sindical e estudantil acostumado ao peleguismo e ao parasitismo dos cofres públicos e que representam muito mais seus próprios interesses de riqueza e poder do que a defesa de seus filiados.
Como todo esquizofrênico, o PT ainda vai provocar muita dor e muito sofrimento com seus surtos de loucura e de fuga da realidade. Talvez, a salvação do paciente seja o remédio amargo das urnas e a perda do poder que tanto ama.
Quem sabe, engolindo a soberba e a empáfia (que arrota e vomita na cara da nação insatisfeita) o partido compreenda que deve trabalhar para o engrandecimento do país e não para o seu próprio.
Percebendo a sua culpa pelo cenário político caótico que criou e pelo desastre econômico que teceu, fio por fio, ao preferir a politicagem a uma postura que visasse o desenvolvimento real e sustentável do país. Infelizmente, ao insistir em colocar a culpa de todas as mazelas “nos outros”, esse exame de consciência parece estar muito além das capacidades petistas e reflete a cegueira mal intencionada do partido.
Contudo, mesmo que o remédio das urnas se torne um veneno mortal para o PT, os ventos da mudança farão muito bem ao principal prejudicado pela loucura do partido e o elemento mais importante dessa equação: O Brasil.
E você, o que pensa disso?
23 de julho de 2013
arthurius maximus
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