Desde a convenção do PSDB, onde alegando uma gripe ficou apenas meia hora e não esperou Aécio chegar, o senador defende o seu nome para a presidência da República, de forma implícita. Vejam a sua declaração em 18 de maio passado.
Ontem, o senador paranaense repetiu o mesmo discurso, questionando a escolha antecipada de Aécio como candidato, tomada pela imensa maioria do partido. Está em todos os jornais, para prazer e deleite dos petistas.
Dias é um excelente quadro, talvez a voz mais contundente do PSDB em termos críticos, mas não possui nem mesmo a garantia de ser o candidato a senador pelo Paraná, pelas suas desavenças com o governador Beto Richa.
Em 2012, por exemplo, apoiou Gustavo Fruet (PDT) à prefeitura de Curitiba, confrontando e vencendo o governador tucano. Agora Dias flerta com o PDT, onde está seu irmão Osmar Dias, atual diretor do Banco do Brasil, para disputar a reeleição para o Senado, caso não haja acerto dentro do PSDB.
A pergunta que fica é: sendo o PDT da base do governo - e das mais fisiológicas - Álvaro Dias vai trabalhar pela reeleição de Dilma Rousseff ou vai ficar em cima de todos os palanques?
A pergunta é pertinente porque, com as declarações de ontem, Dias praticamente abre uma dissidência no PSDB, dando razão aos seus adversários internos no Paraná.
12 de agosto de 2013
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