"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 12 de agosto de 2013

CAPILÉ É CURTE 15 MINUTOS DE FAMA, SEM PERCEBER QUE ESSA NOTORIEDADE VAI DESTRUIR A ORGANIZAÇÃO PETISTA "FORA DO EIXO"

 
“Onde foi que eu errei?”

O criativo militante Pablo Capilé, criador da rede Fora do Eixo, sempre esteve fora do noticiário da imprensa. Justamente por ser anônimo, podia viver à sombra do PT e de outros partidos, conseguindo seguidos patrocínios culturais que aplicava no fortalecimento da organização Fora do Eixo, que é uma extensão de sua própria vida, pois Capilé mora na sede da instituição, um casarão no bairro do Cambuci, em São Paulo, onde também vivem e trabalham cerca de 30 militantes do PT, digo, do Fora do Eixo.

Sua atividade principal era organizar feiras amadoras de música, cinema, poesia etc., sempre bancadas pelo poder público (governos federal, estaduais e municipais, empresas estatais) e pela iniciativa privada, mas sem que os participantes  recebessem um só centavo, sob o argumento apresentado por Capilé de que o Fora da Eixo estava dando “visibilidade e divulgação” ao trabalho deles.


Por alardear um trabalho cultural de importância junto aos jovens, Capilé foi conseguindo cada vez mais patrocinadores, entre os quais a Petrobras. E assim o militante petista foi ampliando a organização para atingir todo o país, e realmente estava tendo êxito, pois já funcionam casarões comunitários em outras quatro capitais – Belém, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre.

 COLETIVO MÍDIA NINJA

Por sugestão de Bruno Torturra, que é um experiente jornalista, Capilé decidiu criar o “Coletivo Mídia Ninja”. Além de comprar os equipamentos necessários para fazer as filmagens e transmissões ao vivo, permitiu que todos os colaboradores de Torturra também fossem morar no casarão do Cambuci.

Aqui vale uma importante explicação. A chamada Mídia Ninja é uma forma alternativa de jornalismo, que começou com os primeiros celulares que batiam fotografias, fazendo flagrantes que passaram a ser usados por jornais, revistas e emissoras de TV. Depois, as possibilidades se ampliaram com os celulares que filmavam, qualquer um podia ser cinegrafista.

E quando passou a haver conexão dos celulares e de pequenas filmadoras à internet, começaram então as transmissões ao vivo chamadas de Mídia Ninja, de dentro dos acontecimentos, com uma liberdade muito maior do que os jornalistas profissionais, que ainda trabalham com equipamentos de maior porte.

Hoje, a Mídia Ninja é um sucesso retumbante e tende a crescer cada vez mais, em todos os países do mundo. Mas muita gente continua confundindo o “Coletivo” (criado por Capilé para prestar serviços ao PT) com o verdadeiro movimento Mídia Ninja, que é essa forma ampla, alternativa e livre de filmar eventos de todo tipo, sem estar servindo aos interesses de nenhum partido ou organização.

SER FAMOSO SAI CARO…

Quando a Tribuna da Imprensa publicou a série de artigos denunciando as ligações do Fora do Eixo e do Coletivo Mídia Ninja com o PT, na última semana de julho, Pablo Capilé subitamente se transformou numa celebridade. As matérias da Tribuna eram reproduzidas num número enorme de sites e blogs, circulando em alta velocidade na internet, e a grande mídia teve de também correr atrás.

Foi assim que Capilé rapidamente se tornou um astro da comunicação, com direito a página inteira em O Globo e entrevista no programa RodaViva. Não percebeu que desfrutar esses 15 minutos de fama foi seu maior erro. Se tivesse ficado quietinho no casarão do Fora do Eixo, não teria o desprazer de enfrentar as graves denúncias que contra ele passaram a inundar a internet.

Agora se conhece nos mínimos detalhes como funciona o Fora do Eixo, que é uma espécie de seita político-cultural. Os corajosos depoimentos da cineasta Beatriz Seigner e da jornalista Laís Bellini, por si só, já são suficientes para destruir qualquer herói de pés de barro, como Capilé.

Ele não pode mais se esconder atrás da máscara da falsa defesa da cultura. Portanto, os governos estaduais e municipais, as empresa estatais e privadas que apoiavam o Fora do Eixo não terão justificativas para manter os patrocínios, e assim a criativa organização fundada por Capilé tem um encontro marcado com o fracasso.

Quanto ao movimento Mídia Ninja, não vai morrer nunca, seu trabalho terá cada vez mais qualidade técnica e repercussão, sem estar subjugado a qualquer partido ou ideologia política.

Por fim, agradecemos aos muitos comentaristas que nas últimas semanas têm enviado ao blog matérias, depoimentos e gravações no YouTube que desmontam a farsa da organização Fora do Eixo.

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