Internacional - Estados Unidos
O filho de um líder da Irmandade Muçulmana no Egito que está preso afirma que seu pai tem evidência que irá colocar o presidente Obama na prisão.
A afirmação chegou num momento em que o governo de Obama, com a assistência dos senadores John McCain, (R-Ariz) e Lindsey Graham, (R -S.C.), e o envolvimento descarado do homem número 2 no Departamento de Estado dos EUA, fez um esforço conjunto para libertar líderes da Irmandade Muçulmana no Egito.
Em uma entrevista para a agência de notícias Anatolia na Turquia, Saad Al-Shater, o filho do líder encarcerado da Irmandade Muçulmana Khairat Al-Shater, disse que seu pai “tem em mãos” evidência que irá colocar Obama na prisão.
Em uma pequena ameaça velada, Saad Al-Shater disse que uma delegação dos EUA foi enviada ao Cairo por Obama para pressionar as autoridades a libertarem os líderes encarcerados da Irmandade Muçulmana, incluindo seu pai a fim de impedir a divulgação de informações explosivas.
Fluente em árabe e ex-membro da Organização para a Libertação da Palestina, Walid Shoebat traduziu o informe da agência de notícias Anatolia conforme abaixo:
Em uma entrevista para a agência de notícias Anatolia, Saad Al-Shater, o filho de um líder da Irmandade Muçulmana (o preso Khairat Al-Shater), disse que seu pai tem em mãos evidência que irá colocar o presidente dos Estados Unidos da América, o presidente Obama, na prisão. Ele ressaltou que a delegação de alto nível dos EUA atualmente visitando o Egito sabe muito bem que o destino, futuro, interesses e reputação do seu país está nas mãos de seu pai, e eles sabem que ele possui as informações, documentos e gravações que incriminariam e condenariam seu país. Tais documentos, ele diz, foram colocados em mãos de pessoas de confiança dentro e fora do Egito, e que a libertação de seu pai é a única forma de impedir uma grande catástrofe. Ele declarou que um alerta foi enviado ameaçando mostrar como o governo dos EUA está ligado. As provas foram enviadas através de intermediários, que os levou a mudar de atitude e corrigir sua posição, e que eles têm tomado medidas sérias para provar boa-fé. Saad disse ainda que a segurança de seu pai é mais importante para os americanos do que é a segurança de Mohamed Mursi.
Escrevendo em seu blog, Shoebat notou que seis diferentes fontes árabes confirmaram a entrevista com Saad Al-Shater e o relatório das alegações de Al-Shater.
Shoebat disse que a entrevista com Saad Al-Shater foi em 7 de agosto, fazendo provavelmente com que a referência à “delegação de alto nível dos EUA atualmente visitando o Egito” fosse sobre a viagem de McCain, Graham e o vice-secretário de Estado dos EUA, William Burns
No dia 6 de agosto, com o vice-presidente interino egípcio Mohamed El Baradei, o ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU, McCain e Graham chamaram Khairat Al-Shater e outros líderes presos da Irmandade Muçulmana de “presos políticos”. Eles disseram aos repórteres no Cairo que não libertar os prisioneiros da Irmandade Muçulmana seria “um erro enorme”.
O presidente interino do Egito, Mansour Adly, rejeitou o pedido da delegação dos EUA, dizendo aos repórteres no Cairo que se tratava de uma “interferência inaceitável na política interna”.
No dia 6 de agosto, a Associated Press informou que o governo egípcio planeja processar Khairat Al-Shater e os outros líderes da Irmandade Muçulmana presos sob a acusação de incitar a violência em dezembro passado, quando os membros da Irmandade Muçulmana atacaram manifestantes sentados fora do escritório do então presidente Mohamed Mursi, resultando na morte de 10 pessoas.
A ABC News informou que Burns viajou separadamente na noite de domingo, 4 de agosto, para a notória prisão de Tora, no centro do Cairo, para se reunir com Khairat Al-Shater, apesar das alegações da Irmandade Muçulmana de que Al-Shater se recusou a se reunir com ele.
No dia 6 de agosto em uma entrevista para a CNN, no Egito, McCain mencionou o preso Khairat Al-Shater, conhecido abertamente como líder da Irmandade Muçulmana, quando perguntado sobre indivíduos que poderiam negociar com sucesso um futuro governo egípcio.
Os senadores criaram polêmica em uma conferência de imprensa no Cairo transmitida pela Al Jazeera, quando McCain chamou a expulsão de Morsi em 3 de julho de um “golpe”, uma palavra que o governo Obama tem resistido usar.
Shoebat publicou evidência documentando que Khairat Al-Shater tem sido implicado no tráfico de armas através do Sinai e para dentro de Gaza bem como negociando libertações de prisioneiros em troca de terroristas.
O ex-jurista americano Joseph diGenova, representante legal para o denunciante do caso Benghazi, Mark Thompson, afirmou nesta semana que autoridades dos serviços de inteligência com conhecimento do ataque ao consulado em Benghazi acreditam que o ataque estava ligado a 400 mísseis terra-ar destinados aos rebeldes sírios que as autoridades norte-americanas temiam que poderiam ser utilizados para abater um avião ou atacar uma embaixada dos EUA.
Duas semanas após o ataque a Benghazi, o WND foi o primeiro a informar fontes afirmando que o complexo de Benghazi era um centro de inteligência e planejamento da CIA usado para recrutar e armar rebeldes islâmicos para lutar contra o presidente sírio Bashar al-Assad.
16 de agosto de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário