A desfaçatez significa o lado cômico do Secretário de Estado, John Kerry, em sua visita ao Brasil, quando justificou a espionagem praticada pelos Estados Unidos no mundo inteiro, “até para defender os brasileiros do terrorismo”.
Mais grave, porém, foi a arrogância com que o gringo anunciou que nada vai mudar e que os Estados Unidos continuarão espionando as comunicações no planeta, invadindo e-mails, telefonemas e demais operações eletrônicas.
Tanto a presidente Dilma quanto o chanceler Patriota foram humilhados pelas afirmações de viva voz de mr. Kerry. Pediram esclarecimentos, exigiram transparência e protestaram contra a quebra de nossa soberania, mas receberam uma sonora negativa.
A pergunta que se faz é sobre a reação que o Brasil adotará. Pelo jeito, nenhuma. Bem que a presidente Dilma poderia cancelar a visita de estado que fará a Washington, em outubro.
Só por milagre, porém, optará por essa conduta. Hospedada na Casa Branca, com direito a todos os rapapés por parte de Barack Obama, conversarão abobrinhas. Nem mesmo receberá fugazes promessas de mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Enquanto isso, continuaremos expostos, não apenas o governo e as forças armadas, em suas comunicações, mas as empresas, as universidades e os centros de produção científica. Tudo o que conseguirmos em termos de desenvolvimento estará sendo monitorado lá de cima.
O perfil de feitor de escravos, dono do mundo e senhor do universo transpareceu em cada frase do Secretário de Estado. Lembrou os tempos de Dean Acheson e Foster Dulles, quando vieram ao Brasil. Eles impõem e nós obedecemos.
Só que não apenas impõem. Sabotam, também. Nem um menino de jardim da infância acreditaria terem sido erros técnicos que levaram dois foguetes brasileiros de pequena potência a fracassar no lançamento. Muito menos a explosão com vítimas do terceiro, em Alcântara, que matou a fina flor de nossos cientistas.
Tem mais. Revelam-se agora na imprensa suspeitas que a Força Aérea Brasileira alimenta faz tempo, sobre terem sido assassinados dois de seus mais brilhantes oficiais que dirigiam o Comando de Tecnologia Aeroespacial, o tenente-coronel José Alberto Amarante e o brigadeiro Carlos Augusto Leal Velloso.
Ambos foram acometidos de fulminante leucemia, mortos em questão de meses. A quem interessava impedir o desenvolvimento de nossas tentativas para conquistar o espaço? João Cara da Pau trouxe um recado: a espionagem que seu país pratica serve para garantir a segurança dos brasileiros. Contra quem, cara-pálida?
ESPERANÇAS NO SENADO
Aprovada na Câmara em primeiro turno, prevendo-se o segundo para dia 27, a emenda constitucional do orçamento impositivo irá depois ao Senado. Lá se concentram as esperanças da presidente Dilma em ver rejeitada a obrigação de o governo liberar obrigatoriamente recursos para todas as emendas individuais ao orçamento.
A maioria dos senadores forma na base oficial e todos receberão apelos e até pressões para não aprovar a decisão adotada pelos deputados. O problema é que a proposta do orçamento impositivo nasceu no Senado, defendida pelo senador Antônio Carlos Magalhães, anos atrás.LEGISLANDO SOBRE O ÓBVIO
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aceitou projeto de emenda constitucional do senador Aloísio Nunes Ferreira determinando que parlamentares condenados por improbidade administrativa percam imediatamente o seu mandato.
Mesmo não revogando o artigo que torna necessária a cassação do mandato pela respectiva câmara. Conclui-se continuar tudo na mesma, apesar de o Supremo Tribunal Federal haver reconhecido que só deputados e senadores podem cassar o mandato de senadores e deputados.
PREOCUPAÇÃO
O escândalo dos trens e metrôs de São Paulo levaria o governador Geraldo Alckmin a arrancar os cabelos, se não fosse careca. Continuando as coisas como vão, sua reeleição entra em parafuso.
15 de agosto de 2013
Carlos Chagas
Tanto a presidente Dilma quanto o chanceler Patriota foram humilhados pelas afirmações de viva voz de mr. Kerry. Pediram esclarecimentos, exigiram transparência e protestaram contra a quebra de nossa soberania, mas receberam uma sonora negativa.
A pergunta que se faz é sobre a reação que o Brasil adotará. Pelo jeito, nenhuma. Bem que a presidente Dilma poderia cancelar a visita de estado que fará a Washington, em outubro.
Só por milagre, porém, optará por essa conduta. Hospedada na Casa Branca, com direito a todos os rapapés por parte de Barack Obama, conversarão abobrinhas. Nem mesmo receberá fugazes promessas de mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Enquanto isso, continuaremos expostos, não apenas o governo e as forças armadas, em suas comunicações, mas as empresas, as universidades e os centros de produção científica. Tudo o que conseguirmos em termos de desenvolvimento estará sendo monitorado lá de cima.
O perfil de feitor de escravos, dono do mundo e senhor do universo transpareceu em cada frase do Secretário de Estado. Lembrou os tempos de Dean Acheson e Foster Dulles, quando vieram ao Brasil. Eles impõem e nós obedecemos.
Só que não apenas impõem. Sabotam, também. Nem um menino de jardim da infância acreditaria terem sido erros técnicos que levaram dois foguetes brasileiros de pequena potência a fracassar no lançamento. Muito menos a explosão com vítimas do terceiro, em Alcântara, que matou a fina flor de nossos cientistas.
Tem mais. Revelam-se agora na imprensa suspeitas que a Força Aérea Brasileira alimenta faz tempo, sobre terem sido assassinados dois de seus mais brilhantes oficiais que dirigiam o Comando de Tecnologia Aeroespacial, o tenente-coronel José Alberto Amarante e o brigadeiro Carlos Augusto Leal Velloso.
Ambos foram acometidos de fulminante leucemia, mortos em questão de meses. A quem interessava impedir o desenvolvimento de nossas tentativas para conquistar o espaço? João Cara da Pau trouxe um recado: a espionagem que seu país pratica serve para garantir a segurança dos brasileiros. Contra quem, cara-pálida?
ESPERANÇAS NO SENADO
Aprovada na Câmara em primeiro turno, prevendo-se o segundo para dia 27, a emenda constitucional do orçamento impositivo irá depois ao Senado. Lá se concentram as esperanças da presidente Dilma em ver rejeitada a obrigação de o governo liberar obrigatoriamente recursos para todas as emendas individuais ao orçamento.
A maioria dos senadores forma na base oficial e todos receberão apelos e até pressões para não aprovar a decisão adotada pelos deputados. O problema é que a proposta do orçamento impositivo nasceu no Senado, defendida pelo senador Antônio Carlos Magalhães, anos atrás.LEGISLANDO SOBRE O ÓBVIO
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aceitou projeto de emenda constitucional do senador Aloísio Nunes Ferreira determinando que parlamentares condenados por improbidade administrativa percam imediatamente o seu mandato.
Mesmo não revogando o artigo que torna necessária a cassação do mandato pela respectiva câmara. Conclui-se continuar tudo na mesma, apesar de o Supremo Tribunal Federal haver reconhecido que só deputados e senadores podem cassar o mandato de senadores e deputados.
PREOCUPAÇÃO
O escândalo dos trens e metrôs de São Paulo levaria o governador Geraldo Alckmin a arrancar os cabelos, se não fosse careca. Continuando as coisas como vão, sua reeleição entra em parafuso.
15 de agosto de 2013
Carlos Chagas
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