"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O MOMENTO DELICADÍSSIMO PARA O BRASIL



O Brasil vive seu momento mais delicado como Nação com potencial para ser realmente desenvolvida. Precisa definir, urgentemente, que modelo vai adotar e seguir, preferencialmente capitalismo, com foco em investimentos em infraestrutura e empreendedorismo, racionalizando a carga tributária e tornando a burocracia viável.
Do contrário, vai se consolidar naquilo que já é: um País com riqueza, mantido artificialmente na miséria, cumprindo um papel periférico na economia mundial, por falta de vontade nacional própria e por imposição e conveniência do esquema globalitário. A Oligarquia Financeira Transnacional não quer o sucesso do Brasil. Quer apenas, como de costume, ganhar dinheiro a nossas custas.
A tendência de subida do Dólar, que já passa dos R$ 2,30, é apenas um aviso de que o modelo atual, sob direção do PT, apresenta falência múltipla dos órgãos, com alto risco de comprometer o futuro do Brasil. Investidores internacionais, consultados pelas mais diversas fontes, repetem, praticamente, um mesmo discurso. Não pretendem investir aqui em infraestrutura.
Os motivos são insegurança jurídica, excesso de burocracia, exagerada ingerência política nos negócios, dificuldades em lidar com a corrupção sistêmica e, talvez o que torna tudo pior ainda, a cultural “estadodependência” dos brasileiros. Em resumo, nosso modelo Capimunista consagra nosso fracasso como Nação.
O Brasil não avança em indicadores fundamentais para o desenvolvimento. Infraestrutura, que é ruim, não tem perspectiva de melhora – a não ser na propaganda enganosa do governo. O mesmo acontece com a Educação – onde existe financiamento e subsídio ao ensino superior, mas falta investimento consistente no ensino básico, salvo raras exceções, tanto na esfera pública quanto na privada.
E como o País aceita se submeter a um processo forçado de desindustrialização, ficamos cada vez mais distantes dos necessários investimentos em Ciência & Tecnologia. Sem isto, o Brasil nunca vai se desenvolver. Será apenas, como sempre foi, um País periférico, fornecedor de matéria-prima e, eventualmente, de mão de obra (no caso, a pouquíssima qualificada disponível).  
Tal falta de soberania nacional se reflete, diretamente, na Expressão Militar. Na verdade, nossas Forças Armadas se tornam, a cada dia, mais inexpressivas. Não têm a menor condição de cumprir o papel primordial de Defesa Nacional. O projeto globalitário é torná-las inúteis e desnecessárias. O sucateamento histórico, com “investimentos” apenas para pagar a folha de pessoal, é a evidência do caos.
Nesse cenário, qualquer discussão político-partidária-ideológica se torna tão útil quanto o debate sobre qual time de futebol tem a melhor torcida. O Brasil precisa ser reinventado para dar certo algum dia. E como falta vontade nacional para isso, a tendência é que continuemos o tradicional processo de enxugamento de gelo. Por isso, o momento histórico é delicadíssimo para o Brasil.
Estamos perdendo o timming para as mudanças infraestruturais. Tal atraso tende a nos condenar a continuar na periferia do sistema político-econômico mundial. Se o negócio parece ruim agora, pode ficar ainda pior. Politicamente, não há sinais de mudança no horizonte. Se o PT perder a eleição do ano que vem, aquele que ganhar (seja quem for) fará algo diferente da mediocridade praticada hoje?
A resposta é um não rotundo...
No Egito, o pau está comendo. Aqui, o anão-gigante voltou a tirar a costumeira soneca, até novos rompantes de bronca pública, sem objetivos bem definidos, por pura falta de uma liderança com um projeto viável para o Brasil.
No Egito, parece hora da múmia beber água. Aqui, as múmias continuarão paralíticas, na sombra, esperando para ver o que acontece... Enquanto isso, os ratos do esgoto da politicagem fazem a festa... E os faraós tirando onda com a nossa cara...
Confissões de um Presidentro

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
15 de agosto de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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