"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 13 de março de 2012

ARLINDO CHINAGLIA É O NOVO LÍDER DO GOVERNO NA CÂMARA

Deputado substituirá Cândido Vacarezza, que foi destituído do cargo nesta terça-feira; no Senado, Romero Jucá também perdeu o posto de líder
Luciana Marques

Arlindo Chinaglia integra grupo que se opõe à ala de Vaccarezza (Diógenes Santos/Agência Câmarra)

A presidente Dilma Rousseff indicou nesta terça-feira o deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) para o cargo de líder do governo na Câmara dos Deputados. Ele substituirá o petista Cândido Vacarezza (PT-SP), que foi destituído da função nesta manhã após reunião com Dilma no Palácio do Planalto.

Chinaglia faz parte de um grupo de deputados do PT que se opõe à ala comandada por Vacarezza. O novo líder do governo é tido como experiente na articulação política, uma vez que já presidiu a Câmara.

Sem mágoas - Ao anunciar sua saída do posto, Vaccarezza afirmou que a troca ocorreu por razões políticas - e não por incompetência. De acordo com o petista, a presidente Dilma Rousseff disse que as substituições serão "um método" do governo. Vaccarezza garante que sai sem mágoas: "Você pode ser trocado por ser incompetente, ou por não ser leal, ou por não ter base, ou pode ser uma troca por razão política. A minha troca foi por razão política", afirmou, em entrevista coletiva.

Ele garante que não se vê como uma vítima da insatisfação dentro da base aliada, especialmente no PMDB. No Senado, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), também perdeu o cargo depois de uma rebelião dos governistas: a recondução de Bernardo Figueiredo para o comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi derrubada.

A decisão foi a primeira derrota do governo este ano no Congresso. A rebelião da base deixou a presidente Dilma preocupada com as futuras votações de interesse do governo no Congresso, como o Código Florestal.

Os nomes de Chinaglia e do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) foram confirmados oficialmente pelo porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, na tarde desta terça.

13 de março de 2012

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